terça-feira, 28 de julho de 2015

Frei Pacheco revela que também já foi abusado


Funerária Almir Neves – Em depoimento exclusivo numa tábua de ouija, o presidente emérito do Club dos Terríveis, o finado Fran Pacheco (R.I.P.), revelou em tom embargado que foi abusado repetidas vezes por uma tribo inteira de índias icamiabas, durante a conquista do Acre.

“Foi um pesadelo de dominação-submissão do qual nenhum homem deveria acordar”, soluçou entre um chope e outro, mostrando a título de prova material cicatrizes de arranhões nas costas e um muiraquitã em forma de tracajá, supostamente autografado pelas guerreiras ninfômanas.

“Foi o próprio Plácido de Castro quem me resgatou do cativeiro”, relatou Pacheco. “Nunca o perdoei por isso.”

Perto de comemorar seu sesquicentenário (embora não confirme a idade), Pacheco também fez outra revelação bombátisca: “Gertrude Stein queria casar e ter filhos comigo”.

A patronesse de 10 entre 10 artistas expatriados na Paris dos Anos Loucos o teria adotado como “mascote” e até rascunhado, embevecida “A Autobiografia de Fran Pacheco”.

“Problema é que seria uma relação muito à frente do nosso tempo”, ponderou. “Ainda não havia inseminação artificial e nem três garrafas de brandy me faziam encarar o dragão”.

No fim, como todos sabem, Gertrude ficou mesmo com Alice B. Toklas.

Aproveitando tão dolorosa oportunidade, Pacheco mandou avisar que aceita convites para exumar a carreira, que anda meio enterrada. “O que vier eu topo”, diz.

Vale comercial se autossacaneando, confinamento em reality show evangélico e até mesmo posar em revista de radiologia.

“Renato Russo anda me passando todos os macetes de como manter a carreira a mil no post-mortem”, confidenciou. 

Não está descartado um reencontro da formação original dos Terríveis para uma nova turnê de stand-up, cujo título provisório seria “Pega Aqui no Meu Incentivo Cultural”.  

Com tantas bandas-zumbis à solta por aí, nada como a volta dos verdadeiros mortos-vivos para dar um sopro cadavérico em nossa cena artística.

O enrugadinho é mais embaixo!



Cezário Camelo

As rugas são sinais de vida. Ou de morte, dependendo do lado do balcão em que você está. Cedo ou tarde aparecem e tomam conta das nossas expressões faciais. E a gente é obrigado a ter vergonha na cara por uma razão errada. As rugas dividem o rosto em pedacinhos do passado. Dão identidade à existência de cada pessoa – exatamente o documento que as mulheres odeiam. Financiam as bocas livres do Pitangui. São proibidas nas ilhas de Caras.

As rugas marcam o passar dos anos pela epiderme e a velhice é a sua marca registrada. E você sente tudo isso na própria carne. Porque as rugas botam pregas na vaidade de todo mundo. Mesmo os maiores velhacos da política (sei da redundância e vocês podem colocá-la no buraco apropriado) não escapam do julgamento das rugas. Pra comprovar, basta observar o rosto alquebrado do Edison Lobão ou do Capiroto enegrecido sem as mágicas do Photoshop. É de dar pena.

Quem fabrica rugas é o tempo, com norráu para todos os tipos de pele – inclusive a do saco escrotal e do seu vizinho, ali ao lado. Quem tem intimidade com as rugas são os espelhos. E quem diz que as rugas refletem a idade não está totalmente enganado: está totalmente enrugado. Mesmo não sendo metrossexuais, cuidem das suas rugas, porque elas têm uma imagem a zelar. O enrugadinho é mais embaixo.

Existem vários tipos de rugas, todas com muita experiência. As mais comuns, mais assíduas e mais rugosas são estas:

Surpresa – Na testa. Ruga de receber visitas inesperadas, do encontro casual com um deputado salafrário (sei da redundância e vocês podem etc, etc, etc), de ver truque de mágico, de ouvir a conta salgada no restaurante barato. Ruga fingida quando o presente de amigo oculto é gravata outra vez. Ruga imensa quando anunciam que você vai ser pai de três crianças ao mesmo tempo. Ruga surpreendente de ser convidado para participar de uma tramóia do Cadeirudo.

Preocupação – Também na testa. É uma ruga ativa: não sai do lugar por nada. Ou melhor: por tudo. É uma ruga grande, rugona, verdadeiro bitelo. Ruga de quem tem um súbito desarranjo intestinal na hora em que entrou no quarto com aquela lebre que vinha sendo cantada há seis meses. Ruga responsável. Ruga de fim de mês. De meio de mês. E de início de mês. Ruga assalariada, meus caros.

Orgulho – Ruga acima do nariz. Quem tem orgulho de não ter rugas, tá com ela. Ruga de quem venceu na vida ou na fila. Ruga de quem foi nomeado para uma sinecura federal. Ruga que só usa a melhor maquiagem da Victoria’s Secret. Esta ruga se acha mais ruga do que as outras. Ruga de quem acertou sozinho na megasena acumulada. Ruga orgulhosa da gente, claro.

Tristeza – Pelos lados (de fora) da face. Esta ruga tem hora e tem motivos. Seus sulcos vão até a fossa. Ruga treinada em velórios, despedidas, fim de amor, dor-de-cotovelo, demissões sem justa causa, chifres sem motivação aparente, operações bariátricas mal-sucedidas e visitas ao cirurgião-plástico. Ruga abandonada à flor da pele.

Tensão – No pescoço ou no queixo. É a ruga do ponto crítico. Que surge nos piores momentos. Que, no fundo, no fundo, só quer saber de relaxar. A cara das pessoas fica muito feia quando esta ruga explode pelos poros. Ela não se contém nos dias e nos rostos de hoje. Foi por isso que inventaram o carnaval.

Desânimo – Mais uma nos lados da face. Ruga que não se esforça para sair do rosto. Ruga conformada, sim. Ruga que vem para ficar, sem ânimo para aceitar a companhia da ruga do riso ou o disfarce de um pó compacto. Ruga entregue aos traços. Ruga de pensionista em fila de banco.

Obstinação – Ali embaixo do lábio inferior. Ruga de governador ou prefeito quando manda um orçamento para ser aprovado na íntegra pelo legislativo. Ruga teimosa, que sabe o que quer. Ruga burra, que não argumenta. Ruga determinada a ver tudo com antolhos. Ruga pra hora de bater com a colher no prato. Ruga pro vinco que der e vier. De não arredar prega. É a famosa ruga do beiço e está sempre nas bocas.

Falsidade – Ruga disfarçada. Ruga popular. Ruga que nunca conheceu lealdade em nenhuma parte do rosto, apesar de estar em todas. É uma ruga capaz de enganar até a si própria. Ruga disputada a tapa pelos políticos, desembargadores, juízes e advogados de porta de cadeia.

Desgosto – Na parte inferior do rosto. Ruga grossa, ruga dolorida, molhada em lágrimas. Ruga profunda, ruga marcante. Ruga que se aborreceu com a existência em geral e a sua vida em particular. A ruga que vem das rusgas. Ruga de quem já levou tanto nabo na bunda que ganhou hemorróidas. Ruga nossa de cada dia.

Resumindo: as rugas todas são como a nossa cara. Ou coroa.

O impeachment de Dilma Bolada


Rodolfo Borges

Entre os vários problemas e crises que assolam a República, urge resolver um em particular: é preciso encaminhar o processo de impeachment de Dilma Bolada. A ausência de graça já seria motivo o bastante para depor a suposta caricatura, mas, para os supostos puristas, aqui vai uma suposta razão técnica: desvio de função.

Daqui a décadas, quando a única certeza é que Renan Calheiros ainda estará presidindo o Senado, os historiadores olharão para o caso Dilma Bolada como o ápice da lógica de cooptação que caracteriza a política brasileira desde o Império. O legado mais sem-graça dos anos Dilma Rousseff definitivamente é o estabelecimento, com firma reconhecida em cartório, do humor a favor.

Na tentativa de dotar a presidenta de algum carisma, seu partido foi capaz de cooptar uma caricatura que não debocha do caricaturado e, assim, nos furtou umas boas gargalhadas durante anos de marasmo político e econômico — Jeferson Monteiro, o autor da personagem, provou ter capacidade de nos fazer rir antes de aderir —, e, agora, não vai ter operação da Polícia Federal que resolva isso.

O que vai ter é CPI, informa a Folha de S. Paulo. A CPI dos Crimes Cibernéticos, ironicamente proposta pelo PT, mas devidamente envenenada pelo novo oposicionista Eduardo Cunha, pretende quebrar o sigilo bancário do autor da Dilma Bolada, como parte das investigações sobre o que o jornal chama de “guerrilha petista na internet”. Não se sabe no que isso pode dar, mas, em tempos de Operação Lava Jato, já podemos pensar em negociar algumas piadas engraçadas com o humorista no acordo de colaboração premiada.

Afora os trâmites legais, contudo, a população brasileira de bem e de mal tem o dever cívico de se unir em torno da bandeira do impeachment bolado. Não dá mais para topar vez ou outra nas timelines da vida com “lacradas” menos engraçadas que o humor involuntário dos blogueiros que se esforçam para defender o Governo.

Tudo tem limite, até porque Dilma Bolada já deu filhos igualmente sem-graça, como Haddad Tranquilão (apesar de heróicas exceções, como Aécio de Papelão, entre outras sátiras de fato), e tem até cartunista consagrado se contaminando pela má influência. Neste momento de esculhambação geral da República, preservemos pelo menos o riso.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mulheres que já comi (MMCDXCIX)





Por Cesário Camelo

Enquanto as hienas não saem da toca à procura dos seus votos, permitam-me relembrar de fatos da carne e do espírito, que a gente está morto mas ainda gosta muito de “muié”, né não Fran Pacheco? Pois bem. Havia duas Josephine Baker no navio que trazia, em 1929, "a mulher mais famosa do mundo" de sua turnê pela América do Sul para a Europa. Pelo menos durante um baile à fantasia dos mais modernistas. Uma delas era a própria. A outra era na verdade um brilhante arquiteto e admirador, pintado de preto e fantasiado com uma tanga de penas: Le Corbusier.

Os dois se conheceram durante a travessia. Colaram um no outro. Phyllis Rose diz em sua biografia oficial de Josephine que talvez tenham sido amantes. Talvez. É o que todo mundo suspeita. E a biografia não se esforça para esclarecer. É um dado "menor". Eu, por exemplo, comi a negona apressadamente nas coxias do Teatro Amazonas, no início dos anos 50, mas também não sou citado na biografia oficial. Eu estava de smoking e ela de tanga de penas. Só não foi melhor porque a platéia começou a exigir a presença de Josephine no palco, de novo.

Foi com essa imagem exótica da negra com tanga de penas ou de bananas e mais nada que Josephine conquistou Paris, em 1925, com o hoje antológico "Revue Nègre" (em seu livro, Miss Rose explica ao leitor que o exotismo é menos perigoso que o racismo). Tinha 19 anos. Tinha passado pela Broadway com suas caretas de olhos vesgos e penado desde criança nas mãos de uma mãe pobre, negra e implacável, antes de se infiltrar pouco a pouco no mundo do espetáculo. Teve uma infância digna de um romance de Dickens, no sul dos Estados Unidos, em Saint Louis, trabalhando como lavadeira na casa de senhoras caricaturalmente perversas (uma delas chegou a lhe escaldar as mãos porque tinha usado sabão em excesso). "A mãe era lavadeira, a irmã era lavadeira, a tia que lhe dera o nome era lavadeira". Não sobrava muito para Josephine, que acabou camareira da diva negra Clara Smith, mas só até o momento em que a chamaram para substituir uma corista que tinha faltado.

A pobre menina já se sacudia e rebolava como uma verdadeira selvagem na Broadway quando a selecionaram para participar da "Revue Nègre" em Paris. Foi a sorte (nunca conseguiu o mesmo sucesso nos EUA). Já na noite de estréia, o teatro dos Champs-Elysées (que tinha nada mais nada menos que Léger, VanDongen, Jean Cocteau, Ishtar dos 7 Véus e Dorius Milhaud na platéia) veio abaixo com a "dança selvagem" (plantas do pé no chão e pernas arqueadas) daquele ser estranho, de borracha, pulando com os seios de fora e uma tanguinha de penas (a de bananas foi usada pela primeira vez no Folies-Begère, em 1926).

Alexander Calder não escapou ao fascínio dessa "estranha combinação de canguru, ciclista e metralhadora" (na definição que se imagina bastante precisa de Miss Rose). Voltou correndo para o seu ateliê parisiense e criou uma de suas célebres esculturas de arame: "Josephine Baker". O poeta e. e. cummings também delirou com a personagem: um "pesadelo alto, cheio de energia, incrivelmente ágil, que envesgava os olhos e retorcia os membros de uma forma simplesmente fantástica". Ela virou até marca de brilhantina: Bakerfix. O apelo exótico chegou a levar os franceses a cogitarem nela para rainha de monumental Exposição Colonial de 1931, até a opinião pública intervir contra, lembrando que Josephine vinha de Saint-Louis-USA e não de Dacar-Senegal.

Josephine colecionou, nesta ordem, amantes (um deles, o escritor Georges Simenon, viciado confesso em sexo anal, a apelidava carinhosamente de “bunda cantante”), animais de estimação (chegou a ter 13 de raças e nacionalidades diferentes, que encontrou abandonados), filhos (chegou a ter 11 de raças e nacionalidades diferentes) e maridos. Teve também um carro Voisin marrom ("para combinar com a sua pele") e estofado de cobra. Chegou a passear por Paris com um leopardo (Chiquita) que, de vez em quando, escapava dentro de um teatro quando ela insistia em levá-lo para assistir a uma peça. Sua imagem de marketing, ao menos até a guerra, foi o escândalo. Na década de 30, um tradicional pai de família americano levou mulher e filha por engano para uma noite no Casino de Paris, onde Josephine se apresentava. Teve que sair às pressas no intervalo, carregando a tiracolo mulher e filha, que cinco décadas mais tarde se tornaria primeira dama dos EUA ao lado de um caubói. Era a pequena Nancy.

Durante a Ocupação alemã, Josephine se engajou na Resistência francesa a pedido dos serviços secretos, apesar de algumas desconfianças, sobretudo por causa de péssima experiência que tinham passado, durante a Primeira Guerra, nas mãos de uma outra atriz, a agente dupla Mata Hari. Acabou se revelando uma exímia coletora de informações em festas e consulados no sul da França, em Portugal, Espanha e no norte da África. Informações que eram destinadas a Londres. Quando terminou a guerra, recebeu a Medalha da Resistência. Fiel a De Gaulle até a raiz do cabelo, Josephine foi apoiar o presidente em praça pública quando estouraram as manifestações estudantis de maio de 68. Em sua última apresentação, em 75, o jornal "Libération" se vingaria, dizendo que "os personagens mais reacionários de Paris tinham se reunido para homenagear um vestígio do passado".

Josephine Baker esteve no Brasil pela primeira vez em 1929. Apresentou-se no Teatro Casino, no Rio. Em 1951, apresentou-se no Teatro Amazonas, aqui em Manaus, a convite do governador Álvaro Maia. Voltou em 52, mas limitou-se a meia dúzia de apresentações no Rio de Janeiro. Ficou amiga de Carlos Machado e contracenou com Grande Otelo no show "Casamento de Preto", onde cantava "Boneca de Piche" em português. Voltou mais uma vez em 63 para uma temporada no Copacabana Palace. Apresentou-se no Teatro Record, em São Paulo. Há quem diga que teve um caso com João Saldanha. Esteve pela última vez no Brasil em 71, no Rio, em Belo Horizonte e Porto Alegre. Acabou aparecendo no programa "Flávio Cavalcanti".

Nada disso está na biografia de Phyllis Rose. A biógrafa dá ênfase à postura política de Josephine. É uma opção, mas não precisava ser excludente. Josephine passou boa parte de sua vida lutando contra o racismo e a discriminação (participou da "Marcha sobre Washington", em 63). Em Viena, na turnê européia que fez nos anos 30, foi recebida com manifestações contra seu espetáculo, o fato de ser negra e de se apresentar seminua. Até os sinos da igreja de São Paulo começaram a badalar no momento de sua chegada para que as pessoas não saíssem de casa e fossem "contaminadas pela simples visão" de Josephine. Teve problemas também nos anos 50, quando foi mal atendida no Stork Club de Nova York e acabou abrindo um processo por discriminação.

Quando, após a guerra, decidiu fazer de sua propriedade na Dordonha, Les Milandes, um lar para crianças de todas as raças e partes do mundo (chegou a adotar 11), pensava num ato simbólico de integração racial. Acabou se endividando terrivelmente - não hesitava, por exemplo, em colocar os nomes de suas vacas em néon sobre suas cabeças - e perdendo a propriedade. Chegou a passar grandes apertos. Várias personalidades contribuíram para tirá-la do buraco, entre elas Grace de Mônaco e Brigitte Bardot. No geral, entretanto, a diva negra era uma grande trepada! Até hoje fico excitado com as lembranças daquele corpo nu e suado que tracei com pressa e gosto, enquanto a platéia do Teatro Amazonas, alucinada, pedia bis. Bando de “empata-foda”!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Como levar duas gatas pra cama em sete dias


Você quer fazer sexo a três, mas sua gata resiste? E ainda tem que aguentar o blá-blá-blá do seu amigo que já fez ménage com várias namoradas e adora deixá-lo roxo de inveja com os detalhes sórdidos e deliciosos dos encontros? Seus problemas acabaram! O CANDIRU convidou um especialista em ménage à trois para lhe ensinar todos os truques dessa putaria franciscana. Não é magia, é tecnologia!

Antes de tudo, gafanhoto, não se atormente: não há nada de errado com seu relacionamento. O problema são suas atitudes. Mas aqui estão os cavaleiros templários da AMOAL para salvá-lo. Depois de ler este texto você vai descobrir que levar duas mulheres para a cama não requer prática nem habilidade.

Já tem uma gata? Ótimo. Então 50% do problema já esta resolvido. Você só precisa de outra mulher. Tudo o que precisa pra que a sua gata aceite esse engate é manipular psicologicamente a moça para que faça a sua vontade enquanto pensa que, na verdade, é ela quem está no comando. Não se sinta mal: as mulheres fazem isso com os homens o tempo todo. A estratégia requer paciência, mas, se seguir nossas dicas, você tem 90% de chance de conseguir o que quer em sete dias.

Primeiro dia – Não demonstre desespero nem ansiedade para realizar o ménage. Jamais implore por isso. Jamais! Quando ela o vê desejando uma segunda mulher, desestabiliza-se emocionalmente, e sua primeira reação é tentar preservar o relacionamento, que considera ameaçado.

Sua postura tem de ser ao estilo “tanto faz, tanto fez”. Chamamos essa estratégia de Antecipação da Conclusão de Pensamento (ACP). Você só precisa antecipar a conclusão a que ela fatalmente chegará. Mulheres precisam pensar que o relacionamento evolui e se solidifica. Por isso, dirija-se a ela com a seguinte frase: “Amor, eu percebo que nós estamos evoluindo e inclusive me sinto mais conectado a você nos últimos tempos…”

Segundo dia – No dia seguinte, não poupe elogios: “Como você está linda hoje!” Ou, melhor ainda: “Não há mulher mais gostosa no mundo do que você”. Não faz mal se é mentira, pois o importante aqui é deixá-la autoconfiante. Sem autoconfiança ela jamais dividirá a cama (e você) com outra.

Terceiro dia – Passe em uma banca e compre uma PLAYBOY para você e duas revistas para ela. Escolha uma publicação feminina que tenha algum artigo ou reportagem sobre ménage à trois. A revista NOVA, também publicada pela Editora Abril, adora esse tipo de assunto. Sente-se ao lado dela para ler.

Quando ela abrir a revista na tal reportagem, comente: “Ah… Ménage à trois… Que coisa interessante!”

Se ela perguntar o que você pensa sobre o assunto, não se traia com aquele brilho nos olhos. Mantenha-se calmo e diga: “Será que precisamos disso? Estamos tão bem assim, você não acha?”

Ela ficará surpresa! Na verdade, talvez seja preciso que você segure o queixo dela. Então aplique o método ACP e inverta completamente o jogo. “Vem cá, me diz uma coisa… Por acaso você já teve curiosidade em saber como é transar com outra mulher?”

Use a palavra “curiosidade” para suavizar a conversa. Não pergunte se ela já “sentiu tesão” por outra mulher, pois certamente ela negará. Em todo jogo emocional, o importante é a sutileza. Caso ela admita que tem, sim, curiosidade, diga: “Estamos mesmo evoluindo! Veja como cada vez mais nos conectamos e nos tornamos íntimos. Achei lindo você me falar isso. Vem cá, amor. Eu te amo!”

Abrace-a forte para transmitir sensação de segurança. O que toda mulher quer é encontrar um homem especial que a entenda e lhe dê segurança. Seja (ou finja que é) esse homem especial e obterá tudo o que quiser dela.

Quarto dia – No dia seguinte ao abraço, compre um bom vinho e, na terceira taça, diga como quem não quer nada: “Ontem você me deixou pensando sobre aquele assunto de sexo a três, e agora me bateu uma curiosidade: você já pensou sobre isso outras vezes? Depois daquela sua ideia, eu passei a pensar…”

Perceba: você transferiu o desejo para ela. E acrescente: “Sempre ouvi dizer que essa é uma prática para casais que estão evoluindo, como se fosse um patamar mais elevado no relacionamento. Pelo menos é o que os psicólogos dizem”.

Ela vai responder alguma coisa, qualquer coisa. Não importa. Apenas prossiga: “Eu já tive essa fantasia, mas nunca cheguei a realizá-la antes, pois não tinha uma mulher verdadeiramente especial ao meu lado”.

Bingo!

Caso você já tenha tido a experiência antes, omita a informação. Mulheres gostam de se sentir especiais. Talvez ela diga mais alguma outra coisa, mas nem dê ouvidos. Vá em frente: “Claro que eu jamais te cobraria isso… O importante somos nós dois”.

E mude de assunto.


Quinto dia – Na noite seguinte, leve-a para a cama e faça uma massagem. Comece pelos pés e aos poucos vá subindo pelas pernas. Massageie as costas, toque-a carinhosamente no bumbum, bem próximo às áreas intimas – só não toque diretamente ainda. Então diga: “Imagine uma massagem a quatro mãos! Deve ser muito bom! Enquanto duas mãos massageiam suas pernas, as outras duas mãos massageiam suas costas”.

Mulheres são sinestésicas e auditivas e reagem muito facilmente a esses dois estímulos. Tocar e falar são um ótimo jeito de excitá-las.

Então você passará a sua mão por trás do bumbum dela para tocar o clitóris e estimulá-la lentamente. Diga: “Eu gostaria de ter quatro braços para acariciá-la e fazer massagem ao mesmo tempo”. Ela ficará cada vez mais excitada.

E é nesse momento que você vai implantar mais fortemente a ideia do sexo a três. Tenha autocontrole, pois você não pode transar com ela, mas sim induzi-la a imaginar-se com outra mulher. “As mulheres sabem se tocar, e seria uma delícia ter uma mulher a massageando junto comigo”, você continuará dizendo.

Então a vire de abdômen para cima. Com uma mão, masturbe-a, e, com a outra, toque os seios. Tudo lentamente para que ela imagine que está vivendo uma experiência com outra mulher.

Ajude-a a atingir o orgasmo com a masturbação. Se você a penetrar, ela vai se desviar da fantasia. Portanto, controle-se. Depois que ela gozar, abrace-a e diga: “Sua safada! No fundo você gosta da ideia!”

Ainda abraçadinho com ela, comente: “No dia em que você quiser, eu realizo contigo essa fantasia. Você pode escolher a garota; eu só quero você”.

Sexto dia – No sexto dia, você vai massageá-la novamente. Só que dessa vez você vai fazer sexo oral nela. É muito importante que você faça a barba e deixe o rosto o mais liso possível. Quando ela estiver muito excitada, fale: “Como seria o sexo oral de uma mulher em você? Aposto que seria melhor do que este que estou fazendo agora”. Então a deixe entregue à imaginação. Em momento algum diga “Goza para mim!” Aliás, essa frase deveria ser removida do vocabulário masculino.

Ao fim do sexto dia, ela já estará convencida a fazer. Você só precisa aguardar. Se não acredita em mim, faça o teste!

Sétimo dia – Se já houver uma candidata para ocupar o terceiro posto, tenha certeza de que no sétimo dia você não irá descansar, mas sim cair na farra com sua gata e a outra. Primeira regra: priorize a sua namorada. Ela precisa se sentir o vértice mais importante do triângulo.

Comece com uma massagem dupla. É uma preliminar superlegal e que cria intimidade. A primeira pessoa a receber a massagem é a sua gata. Não se mostre muito empolgado com a segunda mulher – pelo menos no início. Quando estiver com ela, mantenha uma de suas mãos no corpo da sua garota ou tente beijá-la na boca. Assim ela sente que você pode até penetrar outra, mas mesmo assim a procura.

Você quer que as duas se toquem, certo? Então gaste bastante tempo massageando sua gata na companhia da outra. Em determinado momento, pegue as mãos da outra e as conduza ao lugar que ela deve massagear.

Faça com que as mãos dela se aproximem cada vez mais das partes íntimas da sua gata, mas sem tocá-las, a fim de que ambas se acostumem com a situação. Então beije a segunda mulher e, enquanto o faz, conduza as mãos dela para o clitóris da sua gata.

Mas não a deixe chegar ao orgasmo. Quando perceber que ela está muito excitada, diga que agora é a vez da outra. Uma vez excitada, a sua gata tocará a outra com maior facilidade. Mulheres têm a tendência a retribuir afeto e carinho.

Faça com a sua gata o mesmo que você fez com a outra.

Na hora da penetração, faça primeiro com a sua namorada. Traga para perto de você a segunda para que ninguém fique deslocado. Beije uma e logo em seguida a outra, fazendo com que o espaço entre elas fique cada vez menor até que você consiga um beijo em trio. Por fim, retire seus lábios e as deixe se beijando.

Agora é deixar rolar. O que acontecer depois disso será algo natural e extremamente sensual. Só não esqueça que, na hora de finalizar, será com a matriz, e não com a filial.

E, como bom cavalheiro que é, lembre-se: o orgasmo das gatas vem primeiro!