sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Tudo que você queria saber sobre punheta, mas tinha medo de perguntar!


Muito bem, caro neófito da AMOAL. Antes de avançarmos nos conhecimentos ultra-secretos de nossa organização, vamos falar um pouco sobre o nosso melhor amiguinho (ou “anjo da guarda”, se preferir).

Se você não sabe de quem se trata, estamos falando daquele sujeito roliço, cabeçudo e educado, que sempre se levanta para uma mulher sentar.

De acordo com alguns estudiosos, até o período Neolítico os homens não sabiam qual era sua função na geração de uma nova vida.

A partir do momento em que o homem descobriu que tinha papel importante na concepção, a estrutura da sociedade passou de matriarcal a patriarcal.

Foi quando o homem descobriu que o pênis não servia apenas para mijar.


Associado à determinação e à força, o pênis é o símbolo máximo da masculinidade e, por esta razão, fonte imensa de prazer, mas também de ansiedade e de dor.

Os romanos davam a ele o nome de “fascinum” – de “fascinar” e “fascinação”.

Para o psiquiatra Carl Jung, “o falo é fonte de vida, da libido, o criador e fazedor de milagres e, como tal, é adorado por toda parte”.

O xivaísmo é um culto dentro do hinduísmo e seu símbolo é o linga ou falo.

Xiva disse: “Eu não sou diferente do falo, o falo é idêntico a mim. Portanto, ambos, eu e meu falo, que sou eu mesmo, devem ser adorados. Onde quer que haja um órgão masculino ereto, eu e eu mesmo estamos presentes”.

Em outras palavras, a gente fala pelo falo e ponto final.

O culto fálico possuía um caráter mágico na Antigüidade.


Filho de Baco e Vênus, Príapo nasceu com um pênis desproporcionalmente imenso e sempre duro.

Envergonhado, fugiu para o campo e se tornou protetor de hortas, jardins e gado.

Seu nome deu origem ao priapismo, uma ereção prolongada de mais de seis horas e muito dolorida, causada por traumas e algumas doenças.

Em algumas civilizações do passado, o falo era considerado um símbolo religioso.


O “digitus infamis” – gesto feito com o dedo médio estendido e o anelar e o indicador retraídos, que para nós significa outra coisa – representava um pênis e era utilizado como amuleto contra doenças, maldições, inveja, mau-olhado e paqueras de mocréias na menopausa ou tribufus em estado terminal.

Na Grécia antiga, as figuras masculinas sempre ostentavam órgãos sexuais pequenos.

Os gregos consideravam o membro avantajado “feio e ordinário”.

Aristóteles acreditava que um pênis pequeno era mais fértil do que os maiores, porque o esperma tinha menos espaço para percorrer.

Um dos deuses preferidos do antigo Egito era Osíris, geralmente representado na figura de um touro enfurecido com três pênis.

Para seus sacerdotes, os genitais masculinos eram considerados troféus de guerra.

Uma vitória dos egípcios contra os líbios lhes rendeu 13.230 pênis.


Os habitantes de Komaki, a 250 quilômetros de Tóquio, celebram há 3 mil anos o festival da fertilidade chamado Hounen Matsuri.

A procissão pelas ruas da cidade até o altar de Tagat Jinja é acompanhado por cânticos e homens carregando um pênis enorme ereto.

O falo gigantesco, feito de cipreste, pesa mais de 400 quilos e é ofertado a Hounen para que todos tenham dias frutíferos, colheita abundante e um ano de prosperidade.

A arte japonesa de tatuar cada centímetro do corpo é chamada Irezumi.

Nem mesmo o pênis escapa.

É a última parte do corpo a ser tatuada por ser a mais dolorida.


Na tribo Walibri da Austrália, o cumprimento entre amigos não é dar as mãos, mas apertar o pênis um do outro.

O ditador fascista Benito Mussolini repelia o mau-olhado tocando seus testículos.

O símbolo de Pompéia era um pênis alado.

Grigory Rasputin, o monge, que supostamente possuía poderes sobrenaturais, foi um mestre da sedução.

Num livro sobre seu pai, Maria Rasputin afirma que os rituais religiosos de seu progenitor invariavelmente se transformavam em orgias nas quais seu pênis era cultuado.

Em tribos da África, maridos traídos se vingam envenenando os próprios pênis.

Preparam o veneno e o antídoto. Tomam o antídoto e depois lambuzam o pau com o veneno.

Transam com suas mulheres (os mais bonzinhos dão antídotos para as esposas também), e quando o Ricardão chega para se divertir, é acometido por uma dor alucinante, parecida com queimaduras, que o deixa gravemente doente.

As tribos Ngoni e Zulu usam uma poção que não causa a morte, mas a impotência.


O general e conquistador francês Napoleão Bonaparte não tinha um pinto muito grande.

Ocorre que, no fim da vida, seu pênis encolheu drasticamente – um dos sintomas de envenenamento por arsênico.

O pau do general francês continua causando polêmica.

John Lattimer, ex-catedrático de Urologia do Hospital Columbia, em Nova York, afirma ter em sua coleção o pênis de Napoleão.

O mito nunca foi confirmado.

No cemitério Pére Lachaise, em Paris, acredita-se que a escultura Victor Noir – jornalista francês assassinado por Pierre Bonaparte, primo de Napoleão III – tem poderes mágicos.

Uma esfregada nos órgãos genitais de Noir seria suficiente para estimular a fertilidade feminina.

Pelo aspecto gasto dos países baixos de Victor, o remédio é muito procurado.

Uma das receitas do Kama Sutra para causar a ilusão de um pênis mais, digamos, vibrante é esfregar o membro com água morna, antes do sexo, e depois lambuzá-lo com uma mistura de mel e gengibre.


O vick vaporub, o iodex, o benguê e a nossa velha e conhecida pomada Tigre também produzem o mesmo efeito.

Para prolongar o prazer, o Kama Sutra sugere: frite muitos ovos de codorna na manteiga e depois mergulhe-os no mel de abelha.

Rebata tudo com um litro de catuaba.

Essa iguaria irá lhe proporcionar uma ereção que durará a noite toda.

A mistura de leite de camelo com mel também foi documentado como um potente afrodisíaco.

No século 5 a.C a circuncisão era prática tradicional no Egito.

Tanto que para estudar num templo local, o matemático grego Pitágoras fez a cirurgia.

Era uma questão cultural: os egípcios antigos consideravam bárbaros os não-circuncidados.

Os gregos consideravam os circuncidados bárbaros.

Os romanos cagavam e andavam para a questão: o que eles queriam mesmo era foder as mulheres egípcias e os guerreiros gregos, não necessariamente nesta ordem.


Defensores da circuncisão citam inúmeros benefícios à saúde: menor probabilidade de problemas urinários, diminuição da incidência de câncer e eliminação da balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio em decorrência da falta de higiene).

Circuncidados também têm duas vezes menos probabilidade de pegar herpes, sífilis e HIV.

Os defensores de que pau não foi feito para ser cortado consideram a cirurgia uma mutilação.

Alegam que uma boa higiene diária tem feito as doenças diminuírem.

Outro fator para manter a gola rulê: as terminações nervosas contribuem para aumentar o prazer dos homens e são insubstituíveis durante a prática da punheta.

Segundo os judeus, para quem a circuncisão é obrigatória, não há diferença de sensibilidade.

O que pode acontecer é uma mudança temporária na sensibilidade dos homens adultos que se submetem ao procedimento, mas logo tudo volta ao normal.

Há controvérsias a respeito.

No Senegal, a etnia Ehing realiza a cada 25 anos um ritual de circuncisão chamado Kombutsu.

Os homens têm seus prepúcios cortados com uma faca.

Significa um renascimento masculino.


A tribo Dogon, da África, acredita que o prepúcio contém a alma feminina do homem e que o clitóris tem a maldade da mulher.

Nos dois casos, a circuncisão foi a solução encontrada para acabar com os problemas de identidade.

Entre os muçulmanos, a circuncisão tornou-se comum – não obrigatória –, pois o profeta Maomé era circuncidado.

Durante o reinado de Elizabeth, um cientista inglês recomendou a circuncisão como prevenção contra a masturbação, que, segundo ele, poderia levar a uma morte horrível.

Hoje em dia, muitos hospitais vendem prepúcios de bebês para a indústria farmacêutica.

Um pedaço de prepúcio possui material genético para o desenvolvimento de duzentas mil unidades de pele artificial.


Em média, o volume de uma ejaculação cabe numa colher de café e possui de 200 a 600 milhões de espermatozóides.

Cada um deles pode viver até 48 horas no corpo feminino.

São necessários 10 dias aproximadamente para fabricar um espermatozóide.

A frutose é o componente principal do esperma.

É ela que dá aquele gosto agridoce e travoso de que as mulheres se queixam tanto.

Uma colher de sêmen possui 5 calorias e 6 milímetros de proteínas.

O número médio de jatos durante a ejaculação varia entre 3 e 10.

A velocidade da ejaculação pode atingir 40 km/h.

O tempo estimado do orgasmo masculino oscila em torno de 4 segundos.

Homens com menos de 40 anos – e turbinados com viagra – são capazes de ter uma ereção em menos de 10 segundos.


O Livro dos Mortos dos egípcios, escrito por volta do ano 2000 a.C, traz a primeira condenação à masturbação de que se tem registro.

No início do comunismo na China, a masturbação também era condenada porque poderia “minar a vontade revolucionária”.

Deve ser por isso que o regime comunista foi pro beleléu.


E aqui cabe um registro histórico.

Como alguém pode ter coragem de condenar a prática universal da bronha?

Ora, não me venha com falso moralismo.

Somos todos adultos, de maior, vacinados e aptos a discutir nossas próprias punhetas.

Ou vai me dizer que nunca descascou uma neneta embaixo do chuveiro, pensando no traseiro bem fornido da empregada? Ou da vizinha casada? Ou da cunhadinha? Ou da nova estagiária da firma?

Se não descascou, alguma coisa está errada.

Todo mundo, dos grandes mestres da AMOAL aos estudantes do ensino fundamental, pratica uma masturbaçãozinha de vez em quando, ou de vez em sempre, como preferem os adolescentes.

E essa bronha sagrada é sempre em homenagem a alguma coisa que nos desperte a libido.


Por exemplo, padres se masturbam pensando nos novos seminaristas, políticos, pensando na tomada do poder, ricos, pensando nos paraísos fiscais, mulheres, pensando em dinheiro, homens, pensando em mulheres, viados pensando em viados que praticam musculação, e a molecada, pensando em qualquer coisa que mije de cócoras e não seja sapo.

Não há como negar. É gostoso, prático, eficiente e faz bem pro organismo.

É bobagem o Vaticano condenar e os defensores da moral e dos bons costumes gritarem que isso provoca doença mental.

Se fosse assim, o mundo seria um tremendo hospício.

Leia um jornal diário, qualquer jornal.

Leia uma revista semanal, qualquer revista.

Ou assista um telejornal, qualquer um, até mesmo o da RBN.

O quê que você vai ficar sabendo?

Que 20 milhões de mulheres são estupradas anualmente no planeta.

Que a cada 2 minutos uma mulher é violentada no Brasil.

Que a prostituição infantil não pára de crescer.

Que a aids está correndo solta entre os países africanos.

Que o tráfico de escravas sexuais já rende mais dinheiro do que o narcotráfico.


Portanto, nada mais justo que recorrermos a um sexozinho solitário no aconchego de nossos lares para diminuir a violência sexual do mundo moderno.

Temos notícias de casais separados por incompatibilidade de gênios, porém jamais soubemos de algum onanista que se divorciou de sua piroca.

Ah! Isto não! Punheteiro é fiel pra caralho. Pro seu caralho, bem entendido.

Afinal de contas, como diz Woody Allen, tocar punheta é fazer amor com a pessoa de quem mais a gente gosta.

Talvez nesse exato momento você esteja isolado do mundo exterior, num raro momento de sossego.

Talvez esteja acomodado, confortável, relaxado.

Talvez volte a olhar como um lobo faminto para o burrão da empregadinha de short, que começou a espanar a estante ali na sua frente e agora está meio vergada, tentando tirar a poeira de trás do seu computador.

E nesse momento, relaxado, você talvez exercite o direito básico e inato a todos os seres vivos, o direito sagrado e inalienável de alisar o próprio corpo.

Talvez alise o apêndice que mais preserva e protege. O que lhe provoca as mais profundas e selvagens sensações de prazer.

Pois, como dizia Woody Allen, o cérebro está em segundo lugar na lista dos nossos órgãos favoritos.

Aquele amontoado de cartilagens, veias e artérias, tecidos cavernosos à espera de sangue, agora cresce na sua mão.

E está passando o momento de desistir.


Em um dado momento, você atinge o ponto sem retorno.

Já não mais se controla e passa a ser comandado por hormônios em fogo, o sangue pulsando visivelmente sob a pele esticada.

Ainda bem que a empregadinha já foi embora para limpar outra parte da casa, senão seria bem capaz de você voar em cima dela.

Um pouco de saliva na mão, movimentos de pressão e alívio, o sobe-e-desce em ritmos variados.

Conexão perfeita e coordenada entre as pontas dos dedos, a palma úmida e os benditos terminais de sexo em seu córtex cerebral.


No turbilhão de seu imaginário erótico, a empregadinha faz exatamente o que você quer que ela faça, e não pede nada em troca.

Ela sussurra seu nome, oferece o burrão, pede mais.

Você geme, sua respiração pesa.

Ela chama outras empregadinhas da vizinhança.

A farra está completa.

Num último grito engasgado, sua consciência transita no terreno do prazer absoluto.

O orgasmo dura alguns poucos segundos.

Você se entrega e se lambuza.

Seu cérebro exausto sai do ar pedindo um tempo.

Um sorriso abobado nos lábios, a mão coberta, a mente se apaga no mais completo e profundo dos estados de relaxamento.

Deus devia estar de bom humor quando inventou essa terapia cardiovascular.

Salvou 100 bilhões de almas!


O simples, banal e cotidiano ato da masturbação representa um dos maiores tabus de toda a história da civilização humana.

A masturbação feminina já está liberada há tempos.

Saiu das catacumbas para as capas da revista Cosmopolitan.

As feministas aplaudem.

A mulher que se masturba está exercendo sua própria sexualidade, num ato de independência com relação aos homens.

Mulheres se tocam nos filmes pornôs de um jeito sexy, sublime, delicado, sutil.

Já um homem que se masturba é ridículo. Grotesco. Patético.

Com toda a sinceridade: nós, homens, sabemos disso. Não é um espetáculo bonito.

Gera cenas cômicas irresistíveis em filmes como “Quem Vai Ficar com Mary?”

Mas a questão não é só estética. Por convenção cultural, o punheteiro é considerado antes de tudo um perdedor.


Segundo o lugar-comum, homem só se masturba quando não consegue mulher.

É um incompetente, e teve que se dar uma espécie de prêmio de consolação.

Por ironia, o patrono da masturbação foi vítima de um grotesco equívoco histórico.

Um sinônimo mais discreto para a masturbação masculina é “onanismo”. Refere-se a Onan, personagem bíblico citado em Gênesis 38 (8:10).

E Onan virou uma espécie de ícone dos tocadores de bronha em geral.

Punheteiros compulsivos são citados até hoje como “adoradores de Onan”.

A rápida passagem de Onan pela Bíblia ocorre nos tempos de Iavé, vingativo e irado Senhor do Velho Testamento.


Iavé, ou Jeová, nesses livros, parece sempre envolvido numa campanha permanente de geopolítica, demografia e legislação ordinária.

No Gênesis, Onan é o segundo filho do patriarca Judá.

Ele, Judá, obriga seu filho mais velho, Er, a se casar com Tamar.

O primogênito de Judá, porém, era “perverso para o Senhor”, que por causa disso “o fez morrer”.

Seguindo os preceitos demográficos de Jeová, Judá ordena então que o segundo filho, Onan, “possua” a viúva Tamar para que ela tenha filhos. Onan obedece ao pai – mas até certo ponto.

O irmão de Er transa com a cunhada, mas pratica o “coitus interruptus”.

Segundo o Velho Testamento, Onan sabia que a fecundação da criança seria creditada ao irmão morto.

Resolveu não correr o risco. Assim, todas as vezes que possuía a mulher de seu irmão, Onan “deixava o sêmen cair na terra”.

Jeová não gostou. E o segundo filho de Judá também foi rapidamente eliminado.

Dessa forma, Onan poderia ser considerado hoje o santo patrono do controle populacional, mas nunca um ídolo dos punheteiros.

Acabou sendo esta imagem distorcida que ficou e marcou profundamente a chamada civilização judaico-cristã: a de Onan, um pecador que cometeu um terrível crime e foi punido com a morte.

Isso em duas linhazinhas perdidas no mar de sangue, suor e lágrimas do Gênesis.


Dos tempos de Onan para cá, nada foi capaz de melhorar a imagem da masturbação masculina.

Tratada como doença, condenada como perversão, logo as lendas começaram a se espalhar.

O escritor (evangélico) Lambert Dolphin cita que em 1758 um médico suíço conhecido como “doutor Tissot” escreveu um tratado arrasador sobre a masturbação, segundo ele capaz de “provocar loucura”.

A obra do doutor Tissot permaneceu sendo uma “verdade científica” até o ínicio do século 20.

Segundo Lambert Dolphin, “entre 1856 e 1919 o Escritório de Patentes dos Estados Unidos registrou 49 aparelhos antimasturbação”.

Um deles dava choques em quem se excitasse fora de hora.

Outro espetava agulhas no bilau dos garotos com ereção noturna.

O doutor Sigmund Freud deu uma chance à auto-suficiência.

De acordo com a Larousse Cultural, o pai da psicanálise pediu moderação aos adultos quando vissem seus filhos tocando os próprios órgãos genitais.

Um castigo fora de hora poderia causar um medo irracional e permanente castração.


Mas foi sua contemporânea Melanie Klein que percebeu algo mais importante: o de que a masturbação em si não importa, o que importa são as fantasias que a acompanham.

Durante o ato, nossos fantasmas estão à solta.

Em alguns casos pode ser uma ótima válvula de escape para pessoas perturbadas por fantasias violentas.

A masturbação, entretanto, só veio a ser clinicamente aceitável a partir da segunda metade do século 20.

Se o amor era livre e sem limites, por que não liberar também o auto-erotismo (junto com o LSD)?

O problema está enunciado desde os tempos do velho Sigmund: a masturbação em si não é problema nenhum.

O problema é não aproveitar o que o quente, apertado, úmido e inigualável Planeta Mulher tem a oferecer.

E acabar apaixonado por toda a vida pela própria mão.

Mas isso não justifica tanto preconceito.


Existem ainda dois pontos muito importantes para os punheteiros de responsa.

O primeiro é que ela pode se tornar uma terapia muito eficiente no controle da ejaculação precoce.

Se você aprende a se controlar sozinho, vai aprender a se controlar com a parceira.

O segundo ponto mais importante é outro.

A palavra “masturbação” significa basicamente sexo com as mãos. Não quer dizer necessariamente auto-satisfação.

As mãos suaves e macias de uma mulher podem representar seu maior prazer.

Se você ensinar a ela os segredos que aprendeu sobre seu próprio pênis desde a mais tenra idade, aí poderá chegar a um paraíso que nem imaginava existir.

Ainda mais se ela for do tipo que ao perceber que você está quase chegando lá, coloca o bilau para ejacular na sua (dela) boca.


Como você já sabe, a prática do onanismo não é nova.

Ela vem sendo difundida há séculos e séculos, ora como método de contracepção natural, ora como ginástica localizada para tonificar o cheio-de-varizes.

Desde os primórdios da raça humana existem estudos sobre o assunto.

O renomado cientista português Thomaz Turbando Pinto, que ao longo de sua carreira tem defendido teses que revolucionaram a história do onanismo mundial, afirmou, no seu último livro (Do Silex ao Silício: 40 mil Anos de Punheta, 1975), que o crescimento de cabelos na palma da mão dos adeptos do onanismo prova que os homens da pré-história eram peludos porque se masturbavam dia e noite.

Afinal de contas, fazer o quê naquele tédio do começo do mundo?


Correr atrás daquelas mocréias suarentas, cheirando a pitiú de ovos de ptereodáctilo?

Encarar aquelas hordas de turus e jaburus, todas com a cara do Don King e o corpinho da Wilza Carla? Nem pelo caralho.

Ser um bom onanista, entretanto, não é tão fácil quanto parece.

A arte do sexo solitário para ser bem-feita, deve ser calçada em estudos profundos e técnicas que, com o tempo, vão se desenvolvendo e se adequando ao gosto de cada praticante.

Para se praticar o onanismo numa boa é preciso ter um membro, no caso dos homens, e não ter, no das mulheres.

Para os de sexo masculino é fundamental que o membro, em comparação com a mão participante, esteja em vantagem.

Tem de sobrar órgão, caso contrário só com uma pinça você conseguirá friccionar esse pinguelinho de merda.

Obviamente, o mastruço deve estar em posição de combate, ereto, duro, pronto para o que der e vier.


Para reduzir a fricção da pele sobre o corpo cavernoso durante o vaivém, é necessário usar um pouco de cuspe ou creme hidratante.

O cuspe (ou o creme) deve ser colocado sempre na parte superior do colar do prepúcio, exatamente na divisão entre a chapeleta e o resto do pau.

E o vaivém não pode ser tão desordenado e desconexo que provoque hematomas no bendito.

Hay que endurecer sim, mas sem jamais perder a ternura.

Também é sempre bom alertar que masturbação não é sujeira.

O praticante não precisa borrar as paredes, manchar o lençol, o teto ou o lustre.

Tenha sempre à mão uma toalhinha de papel, um lenço, uma flanela ou qualquer coisa que limpe essa melequeira que você acabou de fazer no chão do banheiro, seu porco imundo! Se dê tenência, patife!

Tocar punheta com maestria é mais ou menos como fazer omelete sem sujar os dedos na clara dos ovos.

A pressão exercida pela mão é fundamental para a qualidade do orgasmo.

Muita pressão pode fazer doer o saco escrotal, pouca pressão deixa o bicho amolecer.

Sendo destro, a mão direita serve para acelerar o carro e a esquerda para reduzir a velocidade, retardando o gozo.


A primeira vez, claro, ninguém esquece. Somos adolescentes com as calças pegando fogo, e não é preciso prática nem habilidade.

Com o tempo e a prática, aprendemos como fazer do jeito certo.

Descobrimos os pontos mais sensíveis, as técnicas de manipulação, o ritmo, a pressão.

Vislumbramos as maravilhas da lubrificação. Haja cuspe.

E aí vem a parte mais importante: a imaginação.

Em algumas ocasiões, não há a menor dificuldade. Depois de um “amasso”, por exemplo.

Ou quando há uma mulher na vizinhança pela qual você está obcecado, mas ainda não conseguiu chegar lá.

Com o tempo, essa única mulher costuma não ser suficiente.

Aí elas costumam se alternar em nossa imaginação, uma ciranda de mulheres desesperadas pelo nosso pequerrucho.

Nessa fase, damos mais um passo, e essas mulheres – muitas das quais nem conhecem uma às outras – unem-se todas ao mesmo tempo para se entregar entre sussurros e gemidos aos nossos desejos mais secretos.

O estímulo a punheteiros é uma indústria de bilhões de dólares.

Temos revistas aos montes, prateleiras de vídeos nas locadoras, fotos e filminhos na Internet, canais eróticos na tevê a cabo.

Mas chega um momento na nossa vida em que toda essa parafernália já não é suficiente.

Aí é a hora da especialização.

E cada um de nós vai fundo em sua obsessão particular.


Fora a imaginação, o resto é uma questão de know-how.

A maioria fica no equivalente ao “papai-e-mamãe”: a mão direita deslizando pelo corpo do pênis, tocando de passagem a base da glande.

Outros vão em frente e criam técnicas bem complexas para atingir o orgasmo sem ajuda externa.

Vale tudo. A imaginação é o limite.

Se quiser incrementar a punheta, por exemplo, deixe por alguns minutos um peso sobre a mão direita, até ela ficar parcialmente adormecida, e só então comece a atividade.

Como você não vai sentir a mão no seu pau, pode até imaginar que está comendo alguém de verdade.

Se quiser incrementar ainda mais, pinte suas unhas com o esmalte da sua prima e imagine que é a mão dela que está fazendo o trabalho sujo.

Eis aí alguns truques dos tarimbados mestres da AMOAL, que você pode utilizar ao bel-prazer:

Com uma das mãos, estique a pele do seu pau ao máximo.

Com a outra (bem lubrificada), finja que você vai abrir uma garrafa girando a tampa.

Não entendeu? Tente de novo, gafanhoto.

Outro truque: sabe aquele gesto típico de esfregar as mãos para aquecê-las?

Coloque seu objeto de prazer no meio delas.

Mais outro: deitado de lado, simule com suas mãos entrelaçadas o órgão sexual feminino.

Uma coisa é você mover as mãos, outra – bem mais realista – é mover os quadris.

É evidente que o prazer vai ser proporcional ao que você estiver usando como lubrificante.

Alguns recomendados por quem já experimentou e aprovou: vaselina líquida, xilocaína gel, óleo de coco, óleo de amêndoa, óleo de soja, óleo para bebês, cremes e loções para pele, manteiga sem sal, banana amassada, requeijão, azeite português, K-Y gel, brilhantina e vick vaporub.

Mas se utilizar este último, evite o contato com água.

Se um dia experimentar, você vai descobrir o porquê.


A solidão numa banheira quentinha é um estímulo natural à masturbação.

Os antigos chineses usavam um truque: enchiam a banheira de forma que apenas a ponta do pênis ficasse acima do nível da água.

Aí, largavam um pequeno inseto na água.

Para não se afogar, o inseto tinha de caminhar pela “ilha vermelha”.

Afundando o pau um pouco mais, o inseto ia começar a se agitar desesperado, com a perspectiva de entrar na água novamente e se afogar.

Os chineses garantem que, nessas condições, o ciscado do inseto sobre sua pomba só pode ser comparado a um boquete da Divine Brown. O ator Hugh Grant que o diga.

Existem também as modalidades de punhetas sem o concurso da mão. A mais conhecida é a do pepino.

Corte uma das extremidades de um pepino médio. Esvazie parcialmente seu interior.

Coloque-o no microondas por 30 a 45 minutos. Resfrie.

Recubra a casca do pepino com fita crepe ou isolante.

Recheie o interior com K-Y gel e faça bom proveito.

Bananas, laranjas e mamões pequenos (de preferência verdes) podem ser usados de maneira basicamente semelhante à do pepino, mas sem o uso do microondas.

Mas não vá comer essas porcarias depois que acabar de gozar, seu nojento!


Outra técnica avançada de auto-satisfação é a da bananeira.

Você faz um pequeno talho com canivete no tronco da árvore e enfia seu pinto naquele buraco úmido.

A seiva que corre no tronco da bananeira e a suavidade gelada daquele tronco liso vão lhe dar a sensação de estar comendo uma mulher de verdade, talvez uma cantora inglesa. Ou o Boy George.

Se preferir uma coisa um pouco mais quentinha, com movimentos súbitos e imprevisíveis, as cloacas de galinhas, patas, peruas e marrecas se prestam admiravelmente bem para a prática.

O estágio seguinte (cadelas, cabras, mulas, éguas e viados) não é mais uma punheta, mas também não pode ser considerado ainda uma trepada.

Aliás, nunca esqueça, trepada só com mulher.

Bom, mas, conforme já foi explicado, não adianta sair por aí esfolando o pinto a torto e a direito, inventando mil e umas presepadas para turbinar o orgasmo. Não vai ser legal.

Toda bronha de responsa tem que ter um motivo, um porque, um catalisador que desencadeie o processo.

Sem ter claramente este detalhe na mente a coisa fica xoxa (não confundir com Xuxa, apesar da rainha dos baixinhos, evidentemente, ainda merecer uma neneta).


E quais são esses detalhes? Pode ser uma nesga da calcinha roxa da sua tia moderninha ao cruzar as pernas.

Os peitinhos da colega pudica da sala de aula, quando se abaixou para pegar uma moedinha no chão.

Aquela delicada mancha de pano branco nas coxas da sua prima.

O físico sarado da professora de Física ao arrebitar a bunda no microscópio e assim por diante.

Você decide.

Chamam de sexo solitário, mas também pode ser feito no coletivo.

Sabe como é, uma mão lava a outra e as duas enxugam o banheiro.

Quando criança, fazia-se concurso para ver quem cuspia mais longe, quem era o gatilho mais rápido do oeste, quem enchia primeiro um copinho de café.

Depois, com o sujeito já adulto, o lance é suruba no iate Cisne Branco, com o balé do Murilinho, Renatinho e Otavinho, ou coquetel de lançamento de livro da Editora Valer, uma punheta inenarrável já que não rola birita.

Na adolescência é bom tomar cuidado.

Tranque a porta do banheiro a sete chaves e abra a água do chuveiro no volume máximo.

Se puder, utilize um rádio de pilha sintonizado na Jovem Pan, também no volume máximo, sintonizando no programa “Hora do Pânico”.

Os pais sempre se acham no direito de saber o que o filho está fazendo no banheiro.

Batendo punheta, ora porra!


Adulto é escroto mesmo.

Ataca a empregada, transa com a mulher do cara do açougue, passa a mão na bunda da secretária, vai pro motel com a vizinha, come a frentista do posto de gasolina que aceita cheque pré-datado e esbofeteia o filho adolescente quando descobre uma manchinha comprometedora no lençolzinho com estampas do Piu Piu.

Também, quem mandou eles comprarem aqueles lençóis de estampas fuleiras?

É isso aí!

Agora você já sabe as mumunhas para se bater uma punheta, numa boa.

Mas é bom ficar ciente de que o onanista de respeito tem de ser dotado de uma coragem e perspicácia extrordinárias, pois surgem situações que requerem rapidez e ousadia por parte do praticante.

Tem gente que se masturba em elevadores, repartições públicas, em janela de prédio, banco de praça e em tudo quanto é lugar.

Até no Congresso Nacional, onde, aliás, tudo não passa de uma tremenda punheta.


Como identificar um onanista profissional?

É fácil. O sacana tem sempre a mão direita sensivelmente maior que a esquerda.

Afinal, são anos de exercício no metiê (não confundir com “meter”), exercitando a palma da mão e os dedos.

Seus olhos são mortiços e cansados, com um leve toque anêmico, calçados em duas enormes olheiras esverdeadas, estilo Boris Karloff.

Ele possui algodão no ouvido, para não ouvir todo mundo batendo na porta do banheiro reclamando de sua demora, e restos de saliva seca no canto da boca.

O punheteiro por excelência é, antes de tudo, um sujeito babão.

Seu hobby é colecionar calcinhas roubadas, que ele cheira como um verdadeiro somelier.

Entre os seus troféus, tem uma de oncinha da prima, outra estilo asa delta da vizinha, uma outra meio furada, mas de rendinha branca, da cunhada, e por aí afora.

Mexer nesses trecos equivale a cutucar com vara de marmelo uma casa de maribondos.


O sacana também se amarra em fitas de videocassete com filmes da Nastassja Kinsky, Beatrice Dalle e Valéria Kapriski, revistas de mulher nua, de todos os tipos de vagabundas, das bregas às chiques.

Qualquer coisa serve, porque o verdadeiro punheteiro não tem nenhum critério.

O que ele quer ver é o bicho escarrar.


A seguir, algumas verdades e mentiras sobre o onanismo:

Cabelos na palma da mão – Consta que, com o tempo, os onanistas se tornam vítimas de terríveis crescimentos de pêlos na palma das mãos. Se for verdade, aconselhamos o uso parcimonioso de cremes rinse e xampus neutros, além de idas regulares ao cabeleireiro, para evitar caspas e seborréias.

Alongamento do nariz – A realidade é dolorosa, mas temos de saber enfrentá-la. Um dos efeitos colaterais do onanismo é o repentino alongamento da área nasal. Assim você não terá só fama de punheteiro, como também de narigudo. Para se transformar em um aspirador de pó de cocaína, vai ser conta de multiplicar.

Espinhas no rosto – Afirmam os estudiosos que muita bronha causa espinhas no rosto. Não podemos dizer que sim nem que não. O melhor é prevenir do que remediar. Portanto, recomendamos a todos os onanistas ativos que carreguem sempre um potezinho de creme antiespinhas ou pomada Minâncora, cada vez que forem praticar o sexo solitário.

Perda de memória – Pode acontecer, pode acontecer. Para testar se sua memória ainda não foi pro beleléu, tente se lembrar quando foi a última vez que você se masturbou e, obviamente, quem foi a homenageada. Ou o homenageado, se você não for chegado a uma lebre.

Vista ofuscada – O problema é grave. O onanista corre um sério risco de sofrer gradativamente, de bronha em bronha, a perda parcial da visão. Consulte seu oculista. Míope se masturbando é como bêbado tentando enfiar chave em fechadura, simplesmente deprimente.

Seios inflamados – No caso de mulheres com seios pequenos, tudo bem, é uma puta vantagem! Já as de peitos volumosos, basta trocarem o número do sutiã. Agora, para os homens é uma tortura. Imagine que chateação não vai ser quando todo mundo na rua começar a te chamar de “punheteiro peitudinho”. A não ser que você resolva sair do armário e assumir de vez seu lado mulher, sem precisar do uso de silicone.

Clitóris avantajado – As mulheres chegadas numa fricçãozinha de velcro podem tirar o clitorizinho da chuva (ou colocar, claro), pois está confirmadíssimo que onanismo causa um assustador alongamento do dito-cujo. Algumas vão adorar. Outras, fatalmente, terão problemas ao fazer massagens nas costas de seus maridos.


Pecado carnal – Mentira da grossa. Se masturbação fosse pecado, coitado dos padres que não podem casar! Neste caso, o Santíssimo Papa já estaria excomungado, pois, convenhamos, com aquela cara de papa-anjo ele não engana ninguém. Portanto, mãos à obra e fé na santa.

Crescimento do pau – Ainda não está confirmado, até porque ninguém sabe qual a medida normal de um pênis em ereção (os números variam de 18 a 28 cm). Como este é um assunto filosófico que interessa a todos os garanhões do planeta, vamos esmiuçar o assunto de uma vez por todas no post Síndrome do Big One, que pode entrar no ar a qualquer momento. Fiquem ligados.


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