Por Cesário Camelo
Há pouco mais de cinco anos, um novo exército de lolitas
começou a ganhar as ruas das principais cidades do planeta dispostas a lhe
derreter o juízo.
No primeiro momento, essas lolitas de carne e osso estão
fazendo de tudo para ficarem parecidas com a boneca Barbie ou com as heroínas
de mangás e animes japoneses, uma das sete pragas do Egito da Terra do Sol
Nascente.
Arrancam costelas, colocam silicone em todo canto, fazem cirurgias
plásticas que até Deus duvida e ficam, supostamente, mortas de gostosas.
No
segundo momento, elas exibem suas transformações em locais públicos para, na
primeira oportunidade, tacar em cima de você um processo por assédio sexual ou
pedofilia. Não brinque com elas porque todo cuidado é pouco.
Se você ainda não leu, desligue essa droga de computador e
corrra atrás: o livro “Lolita”, do escritor russo Vladimir Nabokov, é uma das
obras mais polêmicas da literatura contemporânea universal. Muito arrojado para
a moral vigente na época, o romance foi inicialmente recusado por várias
editoras.
Ao ser finalmente lançado, em 1955, por uma editora parisiense, gerou
opiniões antagônicas: houve quem definisse o livro como um dos melhores do ano
e houve quem o considerasse pornografia pura. Nos Estados Unidos, aonde só
viria a ser publicado em 1958, rapidamente conquistou o topo das listas de mais
vendidos.
Visto hoje, filtrado pelos anos e por uma verdadeira
biblioteca de comentários e críticas, “Lolita” parece, sobretudo, uma
apaixonada história de amor, escrita com elegante desespero. O protagonista é o
obsessivo Humbert, professor de meia-idade. Da cadeia, à espera de um
julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a
irreprimível e desastrosa atração por Lolita, filha de 12 anos de sua senhoria.
Escrito num estilo inimitável, “Lolita” é uma obra-prima da
literatura do século 20. Aqui se cruzam alguns dos temas clássicos da arte de
todos os tempos (a paixão, a juventude, o amadurecimento) com questões mais
típicas da nossa modernidade, como as ambivalências eróticas e o exílio – que é
uma questão tanto de geografia quanto da linguagem e do coração. O romance
“Lolita” virou um clássico da pedofilia consentida.
A primeira boneca humana dessa nossa galeria é a americana
Dakota Rose. Ela tem apenas 16 anos e, graças à sua aparência, ficou famosa no
Japão e na China, onde é conhecida como Kota Koti.
A britânica Venus Angelic, ao contrário, é fascinada por
maquiagem e, apesar dos 15 anos de idade, dá cursos no Youtube para quem quiser
ficar parecida com ela usando apenas maquiagem.
A atriz e modelo Lily Cole começou sua carreira aos 14 anos
depois que foi descoberta nas ruas de Londres, na Inglaterra. Quem foi atrás
dela foi o ator Benjamin Hart, que achou que Cole tinha rosto de uma bonequinha
de porcelana. Hart foi atrás dela com tamanha vontade que Cole saiu correndo
achando que ele era um ladrão. Mesmo assim, ela foi contratada como modelo e,
logo depois, começou a trabalhar como atriz.
Se você está achando que o rosto de Lily Cole não é
estranho, é porque não é mesmo: você deve se lembrar dela por causa do filme “O
Mundo Imaginário do Doutor Parnassus”.
Lin Ke Tong é uma das modelos mais bem pagas da China e
adivinha por quê?
Lin é conhecida como Garota Dragãozinho — você precisa levar
em consideração que, na China, dragão não tem a mesma conotação pejorativa que
tem por aqui — que é uma personagem feminina muito popular na China. Ano após
ano, ela vem ganhando pesquisas do tipo “quem você acha que é a mulher mais
bonita do mundo?”. Não importa o lugar: ela sempre ganha.
Alodia Gosiengfiao é considerada a Rainha dos Cosplayers das
Filipinas, país onde nasceu. Ela começou cedo, aos 14 anos, e não parou mais:
virou uma espécie de Mari Moon filipina.
Alodia está com 24 anos — fez aniversário no mês passado —
e, depois de cansar de ganhar concursos de cosplay, ela continua frequentando,
mas como jurada.
Alodia é considerada uma das mulheres mais influentes das
Filipinas e sua irmã mais nova, Ashley, está trilhando o mesmo caminho.
Wang Jia Yun é chinesa, mas fez um baita de um sucesso da
Coreia, onde foi apelidada de Chong Qi Wa Wa, que é o nome de uma boneca
inflável coreana. Suas fotos foram divulgadas pela internet e, da noite para o
dia, não se fala em outra coisa entre os coreanos.
O sucesso todo assustou a menina, que passou a postar fotos
sem maquiagem, determinada a provar que era uma pessoa normal. Provavelmente,
Wang Jia Yun só queria mostrar que era bonitinha, mas não esperava mexer tanto
assim com o imaginário da rapaziada.
Esta chinesinha foi uma sensação há coisa de dois anos
quando suas fotos apareceram na internet. Todo mundo queria saber quem ela era
e porque ela se parecia tanto com uma boneca.
Charlotte Hothman entrou nessa de parecer boneca mais tarde
que todas as outras. Colecionadora de Barbies, ela tinha 24 anos quando começou
e, bem por isso, tinha dinheiro no bolso. Agora não tem tanto, uma vez que
gastou cerca de R$ 30 mil em sua transformação.
Laura Vinicombe é outra britânica que cismou de virar Barbie
e também passou por cirurgias para ficar com a cara e o corpo da boneca mais
famosa do mundo.
Entre as barbies da vida real, essa aqui é uma espécie de
unicórnio. É ela que todo mundo procura. A garota – que é russa – foi a única a
conseguir ficar com o corpo perfeitamente parecido com o da Barbie.
A gente fecha essa galeria de barbies de carne e osso com
essa russa e uma pergunta: quem é essa mulher? Se você falar que é uma das agentes
secretas de segurança íntima do eterno presidente Vladimir Putin, você colou.
Agora, fala sério: ser ditador russo tem os seus encantos,
né não?
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