terça-feira, 23 de junho de 2015

As lolitas querem conquistar o mundo



Por Cesário Camelo

Há pouco mais de cinco anos, um novo exército de lolitas começou a ganhar as ruas das principais cidades do planeta dispostas a lhe derreter o juízo. 

No primeiro momento, essas lolitas de carne e osso estão fazendo de tudo para ficarem parecidas com a boneca Barbie ou com as heroínas de mangás e animes japoneses, uma das sete pragas do Egito da Terra do Sol Nascente. 

Arrancam costelas, colocam silicone em todo canto, fazem cirurgias plásticas que até Deus duvida e ficam, supostamente, mortas de gostosas. 

No segundo momento, elas exibem suas transformações em locais públicos para, na primeira oportunidade, tacar em cima de você um processo por assédio sexual ou pedofilia. Não brinque com elas porque todo cuidado é pouco.


Se você ainda não leu, desligue essa droga de computador e corrra atrás: o livro “Lolita”, do escritor russo Vladimir Nabokov, é uma das obras mais polêmicas da literatura contemporânea universal. Muito arrojado para a moral vigente na época, o romance foi inicialmente recusado por várias editoras. 

Ao ser finalmente lançado, em 1955, por uma editora parisiense, gerou opiniões antagônicas: houve quem definisse o livro como um dos melhores do ano e houve quem o considerasse pornografia pura. Nos Estados Unidos, aonde só viria a ser publicado em 1958, rapidamente conquistou o topo das listas de mais vendidos.

Visto hoje, filtrado pelos anos e por uma verdadeira biblioteca de comentários e críticas, “Lolita” parece, sobretudo, uma apaixonada história de amor, escrita com elegante desespero. O protagonista é o obsessivo Humbert, professor de meia-idade. Da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e desastrosa atração por Lolita, filha de 12 anos de sua senhoria.

Escrito num estilo inimitável, “Lolita” é uma obra-prima da literatura do século 20. Aqui se cruzam alguns dos temas clássicos da arte de todos os tempos (a paixão, a juventude, o amadurecimento) com questões mais típicas da nossa modernidade, como as ambivalências eróticas e o exílio – que é uma questão tanto de geografia quanto da linguagem e do coração. O romance “Lolita” virou um clássico da pedofilia consentida.


 Sim, eu sei que você já passou da idade de brincar de boneca, mas, com essa nova mania de as garotas quererem se parecer com bonecas, você vai querer voltar ao passado e relembrar as fugidinhas que a Barbie da sua irmã dava para se encontrar com seu Falcon dentro da caixa de sapatos. É por essas e outras que nenhum psicólogo de plantão consegue explicar porque a pedofilia saiu dos porões da igreja e virou moda de novo nesse novo milênio. Vamos dar algumas pistas:


A primeira boneca humana dessa nossa galeria é a americana Dakota Rose. Ela tem apenas 16 anos e, graças à sua aparência, ficou famosa no Japão e na China, onde é conhecida como Kota Koti.


 Dakota Rose diz que jamais fez cirurgia plástica para ficar parecida com uma boneca. Ela simplesmente nasceu desse jeito e só precisa de um pouco de maquiagem. Nem é muita, né?


A britânica Venus Angelic, ao contrário, é fascinada por maquiagem e, apesar dos 15 anos de idade, dá cursos no Youtube para quem quiser ficar parecida com ela usando apenas maquiagem.


A atriz e modelo Lily Cole começou sua carreira aos 14 anos depois que foi descoberta nas ruas de Londres, na Inglaterra. Quem foi atrás dela foi o ator Benjamin Hart, que achou que Cole tinha rosto de uma bonequinha de porcelana. Hart foi atrás dela com tamanha vontade que Cole saiu correndo achando que ele era um ladrão. Mesmo assim, ela foi contratada como modelo e, logo depois, começou a trabalhar como atriz.


Se você está achando que o rosto de Lily Cole não é estranho, é porque não é mesmo: você deve se lembrar dela por causa do filme “O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus”.

  
Lin Ke Tong é uma das modelos mais bem pagas da China e adivinha por quê?


Lin é conhecida como Garota Dragãozinho — você precisa levar em consideração que, na China, dragão não tem a mesma conotação pejorativa que tem por aqui — que é uma personagem feminina muito popular na China. Ano após ano, ela vem ganhando pesquisas do tipo “quem você acha que é a mulher mais bonita do mundo?”. Não importa o lugar: ela sempre ganha.


Alodia Gosiengfiao é considerada a Rainha dos Cosplayers das Filipinas, país onde nasceu. Ela começou cedo, aos 14 anos, e não parou mais: virou uma espécie de Mari Moon filipina.


Alodia está com 24 anos — fez aniversário no mês passado — e, depois de cansar de ganhar concursos de cosplay, ela continua frequentando, mas como jurada.


Alodia é considerada uma das mulheres mais influentes das Filipinas e sua irmã mais nova, Ashley, está trilhando o mesmo caminho.


Wang Jia Yun é chinesa, mas fez um baita de um sucesso da Coreia, onde foi apelidada de Chong Qi Wa Wa, que é o nome de uma boneca inflável coreana. Suas fotos foram divulgadas pela internet e, da noite para o dia, não se fala em outra coisa entre os coreanos.

  
O sucesso todo assustou a menina, que passou a postar fotos sem maquiagem, determinada a provar que era uma pessoa normal. Provavelmente, Wang Jia Yun só queria mostrar que era bonitinha, mas não esperava mexer tanto assim com o imaginário da rapaziada.


Esta chinesinha foi uma sensação há coisa de dois anos quando suas fotos apareceram na internet. Todo mundo queria saber quem ela era e porque ela se parecia tanto com uma boneca.


Charlotte Hothman entrou nessa de parecer boneca mais tarde que todas as outras. Colecionadora de Barbies, ela tinha 24 anos quando começou e, bem por isso, tinha dinheiro no bolso. Agora não tem tanto, uma vez que gastou cerca de R$ 30 mil em sua transformação.


Laura Vinicombe é outra britânica que cismou de virar Barbie e também passou por cirurgias para ficar com a cara e o corpo da boneca mais famosa do mundo.


Entre as barbies da vida real, essa aqui é uma espécie de unicórnio. É ela que todo mundo procura. A garota – que é russa – foi a única a conseguir ficar com o corpo perfeitamente parecido com o da Barbie.


A gente fecha essa galeria de barbies de carne e osso com essa russa e uma pergunta: quem é essa mulher? Se você falar que é uma das agentes secretas de segurança íntima do eterno presidente Vladimir Putin, você colou.

Agora, fala sério: ser ditador russo tem os seus encantos, né não?

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