terça-feira, 11 de agosto de 2015

Missão macho: engravidar a vizinha gostosa!


Meu amigo, você ai que anda mais liso que mussum de brejo, que anda comprando fiado e pedindo o troco, repare na moleza desse emprego: R$ 5.700,00 para fazer um menino, engravidar uma fêmea. 

Não uma fêmea qualquer, não uma criatura avulsa e não-sabida, nada de cobaia de pesquisas, nada disso, meu caro, simplesmente a mulher do vizinho, a gostosona da rua.

Imagine a cena. Certa manhã, você acorda ali sofrido com as dívidas, olhão arriado de tanta tristeza, ai vem o morador do apartamento ao lado e diz:

– Costa, meu chapa, estou precisando muito dos seus préstimos, podemos falar um minutinho?...

Você, que é do ramo, pensa logo em um pedido de grana, a velha e cordial “facada”, e se antecipa:

– Amigo, no momento estou sem condições, mas quem sabe para o mês...

– Que que é isso, vizinho, muito pelo contrário. Tenho é uma proposta para te fazer...

Nisso a mulher do proponente chega na área:

– Deixa que eu mesma falo, Miltinho, pode ser?

O velho Costa estranha o movimento, afinal de contas o nível de intimidade com o casal do 303 era o mínimo. Nada além de ois, boas noites, feliz páscoa, etc.

– Sou eu que estou precisando, então eu mesmo desembucho – atalhou a mulher, impaciente, olho no olho do nosso amigo.

– Tudo bem, tudo bem, não está mais aqui quem estava falando – diz Miltinho, coitado, um banana com cara de zé ruela.

O velho Costa fica mais encafifado ainda e ensaia um drible de corpo para pegar o elevador, fingindo algum atraso – como se aquele desocupado tivesse algum compromisso na vida.

– Preciso que você faça um filho em mim! – desembuchou a fogosa fêmea, objetiva, sem nove-horas.

O velho Costa até que já havia pisado na bola inúmeras vezes com o último dos dez mandamentos, mas nada que tivesse ido além da cobiça e do desejo na mulher do próximo. Nada além do platônico.

– Como assim, gente, não estou entendendo mais nada, que pegadinha é essa!? – assombrou-se o camarada.

– Isso mesmo que o nosso querido vizinho ouviu: preciso que você faça um neném em mim, com a máxima urgência possível.

A vizinha não era nada de se jogar fora. Muito pelo contrário. O velho Costa, amante das mulheres fartas, sempre admirou o seu latifúndio dorsal.

– E o melhor, querido vizinho, é que estamos dispostos a te remunerar pelo trabalho, o senhor bem sabe que nessa vida não tem almoço de graça, não é mesmo?! – declarou o manso corno de resultados.

– Cinco mil e setecentos pela labuta – sorriu a fogosa.

O velho Costa não pegava um galo, como ele sempre chamou a cédula de 50, havia meses. Imagine a cara de espanto da infeliz criatura.

– E já podemos começar as tentativas hoje mesmo, não é benhê? – disse a mulher, toda sedutora, sob o olhar resignado e sincero do esposo.

– Chega de pegadinha, cadê a câmera da tevê?, fala sério! – apelou, acuado, o velho Costa.

Para mostrar que o movimento era sexy e a proposta à vera, a fogosa fêmea foi logo puxando o vizinho para o sofá da sua sala.

O maridão foi até o botequim da esquina, tomar um suco com um sanduíche natural – era um corno saudável! –, enquanto os dois se pegavam pela primeira vez.

E assim continuou a safadeza. Mas acontece que depois de quase seis meses, com direito a três tentativas semanais, o velho Costa, assim como o maridão estéril, não conseguiu emprenhar a maldita. O pior é que o miserável já havia embolsado quase todo o dinheiro.

Resultado: o casal processou o vizinho por ineficiência e outras brochuras capitais. O rolo segue na Justiça.

O caso acima, amiga, parece mentira, mas aconteceu de fato e de direito na Alemanha. Só adaptei a safadeza para o solo pátrio.

É que o velho Costa e este cronista ficamos mesmo morrendo de inveja da missão do Frank Maus, o vizinho alemão encarregado de embuchar dona Traute, o nome real da fogosa.

O maridão atende pelo batismo de Demetrius Soupolos.

A informação saiu originalmente no “Bild”, periódico alemão. Interessa?

Nenhum comentário:

Postar um comentário