Filha de um filósofo sul-coreano, a norte-americana Miru Kim tem grande fascínio pelo maior órgão do corpo humano, a pele.
Costuma, por isso, aparecer inteiramente nua em suas fotos.
“É graças à pele que o mundo externo se comunica com o nosso interior”, diz a artista.
De maneira parecida, ao se despir, ela procura atuar como um elo entre os espectadores de seus trabalhos e o espaço em que se encontra quando os realiza.
Nos últimos dois anos, Miru Kim já participou de duas
A ideia da primeira série nasceu quando a fotógrafa, hoje com 30 anos, estudava anatomia na Universidade Columbia, de Nova York, onde se graduou em pintura.
“Durante as aulas, descobri, surpresa, que a fisiologia humana se assemelha à dos suínos, com exceção do saca-rolha que chega aos 30 cm.”
Ela, então, resolveu saber mais sobre os porcos e ficou chocada com os maus tratos que os animais sofrem em diversas fazendas de abate.
Tomou consciência também dos problemas ambientais causados por criações desse tipo.
Para denunciar tanto uma situação quanto a outra (ainda que de maneira indireta), passou a se retratar dentro de chiqueiros sem nenhuma peça de roupa.
Não raro, praticamente desaparece no meio das pocilgas, como se estivesse camuflada – procedimento que evidencia as similaridades entre o corpo dela e o dos bichos.
Já em Naked City Spleen, Miru troca o cenário rural pelo urbano, mas continua se fotografando despida.
Envereda, agora, por túneis, galerias de esgoto, fábricas abandonadas e pontes – zonas muitas vezes lúgubres e silenciosas das metrópoles que, como os chiqueiros, recebem apenas o desprezo de boa parte das pessoas.
Ela visitou cidades de várias partes do mundo e posou nua em lugares vazios e, às vezes, inacessíveis.
Entre as cidades em que a jovem posou nua estão Istambul (Turquia) e Nova York (EUA), segundo a agência de notícias Barcroft Media.
Em dezembro do ano passado, Miru Kim deitou ao lado de dois porcos como parte de uma instalação chamada “I Like Pigs and Pigs Like Me (104 hours)”, em Miami, nos Estados Unidos.
A performance fazia parte de exposição na feira Art Basel.
Não se sabe se os porcos acalmaram o calor na bacorinha da artista.
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