MACONHA
– Uma erva bem mais perseguida no Brasil
do que qualquer bomba, embora eu considere o uso da maconha, da
marijuana e do haxixe bem mais inofensivo e agradável que o uso de
explosivos. Tem, porém, muito maluco (lembram daqueles que
praticavam o esporte contra a Tribuna da Imprensa, o Pasquim
e o Riocentro?) que só consegue ter uma ereção ao som de uma
bomba.
No
México, onde é conhecida como Maria Joana, é fumada até pelas
baratas, pois em vez de câncer dá barato: “La cucaracha, la
cucaracha que no puede caminar/ porque no tiene, porque le falta,
marijuana pra fumar”.
A
maconha é o produto das folhas ressecadas de uma planta chamada
canabis sativa que, quando fumada, produz a sensação de
calma, paz, euforia, integração com o mundo.
O
haxixe, a resina da canabis comprimida, além de ser fumada,
pode ser comida.
Quem
diz que a maconha não é afrodisíaca ou é ruim da cabeça ou
doente do pau.
Pessoalmente,
não sei de nada melhor que estar na cama peladão com a mulher amada
ouvindo a terceira sinfonia de Brahms e fumando haxixe.
O
ato sexual deixa de ser mecânico para se integrar no tudo ou no nada
que é o cosmo.
Cada
poro da pele da mulher é um mundo a ser explorado pacientemente e o
tempo perde a sua dimensão real para ganhar a sua dimensão
verdadeira, ocasião em que um segundo leva uma hora para passar e
ainda assim achamos pouco.
Cada
movimento é uma aventura e a ejaculação, caso coincida com o
orgasmo da mulher, é nada menos que uma festa.
Depois
aconselho pelo menos um quilo de morangos com creme, pois a maconha
dá uma fome incrível e devia ser receitada para gente que não tem
apetite. Comido o prato de morangos, o leitor deve voltar à prática
de comer gente.
Para
o pessoal que goza antes mesmo da moça tirar as calças, informo que
há evidências de que a maconha retarda a ejaculação sem
meio-bombar os ditos benelux.
Nos
países árabes, maconha é tira-gosto e um dos contos das Mil e
Uma Noites contêm esta eulogia: “O membro de Abul Faissal
Hayluk permaneceu duro durante trinta dias”. Ou é chute ou a
canabis que estão vendendo no Rio tem mais cavaquinho que
erva.
Fumada
em excesso (mais de dez cigarros por dia) pode causar psicose. Mas
daí, tomada em excesso, até a água é perigosa.
Verdade
verdadeira é que é menos perigosa que o álcool, o cigarro comum e
qualquer droga pesada como a cocaína, a heroína e o ópio.
É
mantida fora da lei no Brasil, pois isso dá muito dinheiro à
polícia e aos contraventores.
MÃE
–
“Só tem uma” – como disse o guri
cuja mãe pediu para ele buscar duas garrafas de Fanta Uva na
geladeira. Além desta, existem outras mães. Aliás, a grande
maioria das mulheres vira mãe e há pelo menos um homem que virou
mãe. Trata-se do personagem do livro de Waldir Ayala, Nosso Filho
Vai Ser Mãe, mas sua maternidade não foi cientificamente
provada. Há, é claro, os filhos da puta, mas esses também são
filhos da mãe.
As
mulheres viram mães após a primeira menstruação, que geralmente
ocorre depois dos onze, doze, treze anos. Há casos isolados de
crianças de nove, dez anos, que deram à luz outras crianças e o
recorde pertenceria a Maria Cispladez Mendoza, uma menina chilena de
cinco anos que deu à luz um bebê através de uma operação
cesariana.
Aos
quarenta anos poucas mulheres esperam vir a ser mães, pois a
menopausa (fim da fertilidade) costuma ocorrer antes dos cinquenta.
De
qualquer modo, sabe-se que uma mulher de cinquenta e sete anos teve
uma filha nos Estados Unidos, no Estado de Kansas.
As
feministas, aliás, deveriam ser contra as mães, pois afinal são
elas que educam os porcos-chauvinistas, como eu.
Toda
mãe já fudeu pelo menos uma vez na vida!
MANDAME,
Mary (1619-1655) – Francamente,
não sei por que os americanos insistem em ser tão ufanistas. Sua
história é uma sucessão de cruéis cagadas. Na área sexual, por
exemplo, vejam o que aconteceu com a pobre da Maryzinha Mándame.
Em
1639, uns puritanos enxeridos, de Plymouth, Massachusetts, pegaram
ela dando para um Tinsin, atrás de umas moitas de buriti.
Depois
de considerá-la culpada de atos sujos, o tribunal a condenou a ser
chicoteada pelas ruas da cidade e de usar uma faixa no braço
esquerdo permanentemente.
Assim
todo mundo podia saber que ela trepara atrás da moita.
Caso
ousasse sair às ruas sem a faixa, seria marcada a ferro em brasa na
face.
E
tudo isso porque Tinsin era um índio.
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