quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

ABC do Fausto Wolff (Parte 47)


MASTURBAÇÃO Prática esotérico-patafísica responsável pelo crescimento de pêlos nas palmas das mãos. (Ver Punheta.)

MATOSO, Glauco (1951...- ) Pseudônimo de escritor e jornalista paulista que sofre de glaucoma. Um mestre em anagramas, jogos de palavras, diretor do Jornal Dobrabil, dono de um estilo irônico e mordaz, que corta rente aos ossos dos caga-regras, Glauco Matoso infelizmente tem o mau hábito de lamber pés de atletas, de preferência sujos e suados.
É dele esta historinha que foi publicada no Pasquim quando eu era um dos editores do hebdomadario que, suspeito, seja um semanário com corcova.
Casa burguesa no Brooklin Novo, São Paulo. O telefone toca e a mãe atende:
– Alô?
– Aí é da casa do rapaz que botou um anúncio no jornal dizendo que Iambia pés de atleta?
– É daqui mesmo.
– Posso falar com ele?
– É pra você, Glauco, meu filho. (Glauco pega o telefone.)
– Sou eu, o lambedor de pés a domicílio.
– Então é verdade! Será que dava pra você dar um pulinho aqui em casa?
– Estás com os pés suados?
– Estou, acabo de correr 20 quilômetros.
– Há quanto tempo você não lava os pés?
– Mais de uma semana.
– Qual é o endereço?
– Alameda Galvão Bueno, 134, ap. 1111. Você vem?
– Já estou indo. Tem mais alguém com você aí?
– Só o meu irmão, mas pode vir que ele é gente fina. Psicanalista.
– Michou o papo, não vai dar pra ir.
– Mas por quê?
– Tenho nojo.

MEAD, Margaret (1904- ) Esta americana da Filadélfia até que foi bonitinha quando jovem. Desde pequena, porém, sempre se interessou pela vida sexual... dos macacos e escreveu muitos livros a respeito. Sobre ela, pessoalmente, sei muito pouco. Entra no meu ABC porque fez algumas descobertas interessantes ao estudar os hábitos dos aborígines australianos, os poucos que sobreviveram à sanha dos civilizados.
Ela descobriu, por exemplo, que as tribos Arapesh e Mundugumor praticamente não fazem diferenciação entre os sexos. As diferenças poucas entre homens e mulheres não têm relação sexual.
Noutra tribo, os Tchimbulli, o papel dos sexos aparece trocado. Isso ocorre devido à antiga paz, imposta pelos colonizadores britânicos, que proibiram as guerras entre as tribos.
Graças à paz, os guerreiros passaram a ser apenas figuras decorativas.
A economia da sociedade depende exclusivamente das mulheres, cujo status aumentou muito desde a paz obrigatória.
Segundo Mead, a mulher Tchimbulli é quem negocia e decide tudo, enquanto que o homem se tornou econômica e emocionalmente dependente.
Não fazem outra coisa senão mexericar o dia todo.
Os generais brasileiros, que desde o genocídio paraguaio nunca mais guerrearam com ninguém, bem que poderiam mirar-se no exemplo dos Tchimbulli.

MERNEPHTAH (1340 a.C.-?) Hoje em dia são os judeus que não param de aporrinhar os líbios. Mas o rei Mernephtah era pior que Sharon e Begin juntos. Em 1300 a .C., ele retornou a Karnak, no Egito, depois de derrotar os líbios. 
Com ele, num saco imenso, trouxe mais de 13 mil paus que havia mandado cortar dos inimigos vencidos. 
Um antigo monumento em Karnak tem a lista gravada em pedra.
Pirocas de generais líbios: 6;
Pirocas cortadas de soldados líbios: 6.359;
Pirocas cortadas de soldados de Siracusa: 222;
Pirocas cortadas de soldados etruscos: 542;
Pirocas cortadas de soldados gregos e presenteadas ao rei: 6.111.
Hobbizinho filho da puta este do Mernephtah. 
Aliás, só quem fala deste rei é o livro de recordes do G.L. Simons.

O grande capador faz muita falta na praça dos Três Poderes, em Brasília.

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