EDUARDO
VII (1841-1910) – Por favor, não me confundam com o
Eduardo VIII, que foi rei de Inglaterra durante pouco mais de um ano
e abdicou para casar-se com uma burguesona americana que sempre fez o
que quis com ele. Também não me confundam com o Eduardo II, que era
uma tremenda bichona e só conseguia fazer filhos na sua esposa, a
rainha, se chupasse o pau do amante. Eu fui o filho mais velho da
rainha Vitória e do seu marido, um alemão puritano terrível,
chamado Alberto.
Aliás,
Alberto foi também meu nome até que me tomei rei aos sessenta anos,
por ocasião da morte da minha mãe, quando virei Eduardo.
Me
chamavam de Bertie e eu odiava. Queriam que eu fosse um modelo de
virtude, mas comecei a fumar muito cedo e sempre tive um apetite
fenomenal. Às vezes chegava a comer vinte pratos num só dia.
Afinal, para alguma coisa serve o poder!
Como
não tinha nada mais sério para me preocupar, me preocupava com
roupas. Apesar do barrigão, sempre fui um sujeito elegante. Segundo
a gorda minha mãe, fui eu o responsável pela morte do meu pai.
É
que, aos dezenove anos, quando servia no exército inglês na
Irlanda, alguns colegas oficiais trouxeram para a minha cama uma bela
putinha chamada Nellie Clifden, que tirou a minha virgindade. Passei
a preferir mulheres à comida e à moda.
Meu
pai, quando soube que eu havia pecado, morreu quase que
imediatamente. Minha mãe nunca me perdoou. Passou a dormir com a
camisa dele entre os braços, um retrato dele debaixo do travesseiro
e um molde da mão direita dele perto da cama.
Tudo
isso não a impediu de trepar com um criado escocês Brown e mais
tarde com o próprio primeiro-ministro, um judeu chamado Benjamin
Disraeli.
Resolveram
que eu deveria casar e me casaram com a princesa Alexandra da
Dinamarca. As princesas em geral são uns monstros, mas Alexandra era
belíssima, tivemos cinco filhos nos seis primeiros anos e nunca
deixei de amá-la.
Havia
pouca coisa para fazer e devido ao meu jeitão fui transformado em
guia turístico e anfitrião oficial de visitas importantes. Além
disso, caçava, ganhava dinheiro nas corridas (três cavalos meus
foram vencedores em Ascot e Epson) e fudia.
Aliás,
esta é a razão por que estou aqui neste dicionário do príncipe
Faustin von Wolffenbúttel, vulgarmente conhecido como Fausto Wolff.
O
que hoje se chama jet set andava à minha volta o tempo todo e
uma das vantagens de ser príncipe de Gales é que você podia comer
as mulheres dos homens mais ricos, poderosos e nobres da Inglaterra
(excluída minha mãe e irmãs, naturalmente), que os maridos faziam
gosto.
De
vez em quando, porém, eu me enchia da aristocracia e dava minhas
escapadas. Nada como os balneários alemães e os hotéis de Paris
para se passar fins de semana com atrizes, cantoras, cortesãs,
bailarinas, mulheres da nobreza, putas, enfim.
Lembro
bem de uma noite, durante um jantar em Paris, em que a famosa Cora
Pearl (ver verbete) me foi servida numa bandeja apenas com um ramo de
araruta na buceta.
Quando
fui apresentado à Giulia Barucci, que vivia dizendo que era a maior
puta da Europa, ela simplesmente deixou cair a capa que a envolvia e,
naturalmente, estava pelada.
Quando
fiquei muito gordo para fuder na cama (e devo ter comido mais de
setecentas mulheres, quase todas casadas), passei a visitar bordéis
como Le Chabanais, de Paris, onde ia disfarçado.
É
claro que todos sabiam que era eu e eu sabia que eles sabiam, mas
todos fingíamos muito bem. Sentava-me numa poltrona e as moças
faziam fila para chupar meu pau.
Fui
um bom rei, dos sessenta (a velha morreu tarde) aos sessenta e oito
anos. Enquanto estive no poder a Inglaterra não entrou em guerra com
ninguém.
Ah,
ia esquecendo: jamais dei uma broxada. Reis que fazem amor não fazem
guerra.
EINSTEIN,
Albert (1879-1955) – Dizem que Marilyn Monroe chupou seu
pau. Digo dizem por que tudo o que se sabe é que um dia Marilyn
confidenciou a amigas, em 1954, dois anos antes de casar com Miller:
“Cansei de chupar paus apenas para vencer no cinema. De hoje em
diante, só chuparei os paus de homens que admiro, como Albert
Einstein”.
Depois
que ela morreu, descobriram entre suas coisas uma foto do cientista
de língua grande (pensando naquela famosa foto, será que foi ela
mesmo que chupou ele ou o contrário?) com a seguinte dedicatória:
“Com respeito e amor, obrigado”. Einstein também é autor da
lei da relatividade. Afirmação muito relativa, como a própria lei.
EJACULAÇÃO
– Descarga seminal. Bom nome pra filme americano escroto: “Ela
achava que já havia experimentado tudo menos quando afogou sob a
terrível DESCARGA SEMINAL”. O mundo existe há centenas de milhões
de anos, mas até algum tempo atrás havia mulheres que acreditavam
que os humores (aqui entendido como líquido lubrificante) vaginais
eram produto de ejaculação. Atenção, portanto: mulher não
ejacula.
A
maioria dos homens (até mesmo com mais de noventa anos, desde que
ainda estejam interessados no assunto) pode ejacular: basta que batam
uma punheta. Os mais jovens, caso queiram, conseguem ejacular uma
segunda vez depois de uns dez, quinze minutos. Poucos gozam uma
terceira e pouquíssimos uma quarta.
Aliás,
vou aproveitar e falar do Guy de Maupassant (1850-1893), o melhor
contista francês do século XIX, pois assim não terei que fazer
isso quando chegar à letra “M”, letrinha esta que – desconfio
– é das mais sacanas.
O
autor da Bola de Sebo conseguia ficar de pau duro sem tocar
nele. Bastava dar uma ordem mental, e muitos contemporâneos foram
testemunhas disso.
Uma
vez num bordel comeu seis mulheres em menos de uma hora e, elas
confirmaram, gozou todas as vezes.
Outra
vez deixou o escritor americano Henry James apavorado. Estava
almoçando num restaurante em Londres quando Maupassant olhou para a
mesa ao lado e viu uma mulher. Disse: “Tenho que fuder esta dona”.
E fudeu.
Tinha
uma força física incrível, uma amante lésbica que lhe cedia, por
sua vez, as próprias amantes em surubas monumentais, cheirava éter
e cocaína, fumava haxixe e morreu de sífilis.
Quando
não estava nem escrevendo, nem remando, nem dormindo, estava
fudendo. Orgulhava-se mais do que fazia com o pau do que com o que
fazia com a pena.
Mas,
voltando à ejaculação, segundo o famoso maníaco sexual Kinsey
(verbete), há homens que conseguem ejacular aos oito anos de idade e
outros, geralmente por inibições religiosas, que só conseguem
esporrar (calma, minha senhora, é apenas um verbinho) aos vinte e
quatro, e outros que sofrem de impotência ejaculatória: cuquinha
tão complicada que não gozam nunca.
Quanto
aos espasmos ejaculatórios (contrações do pau para a saída do
líquido), podem ir de nenhum ao recorde registrado de doze numa só
gozada. Isto é realidade.
Em
matéria de ficção: dizem que Sansão (herói judeu que gostava de
matar palestinos a golpes de caveira de burro) e Hércules (semideus
grego que desde criança matava as cobras e mostrava o pau)
conseguiam ejacular porra suficiente para encher um balde.
Mas
isto é folclore, pois não se sabe nem se existiam baldes naqueles
tempos.
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