FREUD,
Sigmund (1856-1939) — Outro que só pensava em
sacanagens e se soubesse o que os coleguinhas do futuro fariam com
suas teorias, principalmente nos Estados Unidos e nos países
subdesenvolvidos (onde os ricos têm ainda mais razões para
remorsos), teria partido para a clínica geral ou se dedicado apenas
ao consumo da cocaína Merck. Mas, como se sabe, não foi assim.
O
fundador da psicanálise achava que a cuquinha fundida da burguesia
fundira-se por razões de ordem sexual subconsciente.
Sabem comé,
né? Aquele negócio de ver a mãe da gente pelada e achar bom ou ver
a mãe da gente pelada levando o maior papo com o leiteiro ou ver a
mãe da gente pelada sem levar papo algum com o leiteiro, mas
admirando o leite do leiteiro escorrer.
E depois disso tudo
surpreender-se solando uma homenagem à Onan que, por sinal, não era
onanista (ver verbete). Esses troços.
Achava que as filhas queriam
dar para os pais e matar as mães e os filhos comer as mães e matar
os pais, um negócio desses.
Neurologista,
austríaco e judeu, ele notou que seus pacientes histéricos (já
falei pra vocês que hister quer dizer útero em grego, né
mesmo?) revelavam, através da hipnose ou da livre associação de
palavras e ideias, uma porrada de traumas sexuais infantis.
Foi
assim que, diante de uma plateia de médicos, ele formulou sua teoria
da sexualidade infantil que Krafft-Ebing, menos apressado,
classificou de um conto de fadas.
A
verdade é que Freud publicou apenas alguns poucos casos, jamais
submeteu as suas teorias a quaisquer testes científicos e não foi
capaz de apresentar nenhum caso de cura inegável.
Graças
a isso e à mediocridade da maioria dos seus seguidores (os mais
modernos, nada a ver com cobras como Adler, Jung, Ferenczi, Abraham,
Sachs, Klein), a psicanálise hoje é vista como uma anedota em
países como a Dinamarca, a Noruega e a Suécia. Em compensação,
segue na moda nos Estados Unidos, em Puerto Rico e Assunción no
Paraguai, onde os psicanalistas continuam dando injeções de
novocaína na consciência da grande burguesia que já está botando
pus pelo ladrão.
Um
dos melhores estilistas alemães do princípio deste século, Freud,
embora não fosse muito chegado a sacanagens (há quem diga que Lou
Salomé tentou violá-lo, sem o sucesso obtido com Wagner e Rilke,
pelo menos), era um razoável humorista.
Quando,
finalmente, a SS deixou que ele se exilasse na Inglaterra,
pediram-lhe que assinasse um documento afirmando que fora bem tratado
pela polícia de Himmler. Freud disse que assinaria quaisquer
documentos desde que pudesse escrever um adendo.
Os
gordões teutônicos concordaram e ele escreveu a seguinte pérola
digna de Marx, Grouxo, naturalmente: “Aproveito a ocasião para
recomendar os serviços da SS para todos os meus amigos e
conhecidos”.
FREUD,
filhos de – Nome de samba-enredo de minha autoria feito
para a Unidos do Cabuçu e que foi vilmente recusado em 1981.
Poética, arcádica, singela, lúdica e alvissareira era a minha
história. A escola desfilaria com várias alas, como a dos “Anões
Travestis”, dos “Autistas Carecas”, “Punheteiros do Poder”,
“Babacas de Momo”, “Oligofrênicos do Samba”, “Os Exus de
Freiburg”, “Os Apedeutas da Folia”. Eis uma amostra do
samba-enredo:
“Eduardo
Mascarenhas, analista sensacional/
Anestesiou
a consciência/ Da burguesia nacional/
É
Freud, é Freud, é Freud!/ Não froidi, não froidi, não froidi!/
E
o coito anal/ Já não é mais/ a moda nacional/
Com
a mãe menininha/ no Padinho Ciço ele botou,
Oi,
oi, oi” (Segue)
FRIGIDEZ
– Incapacidade feminina de obter orgasmos. Aqui as coisas se
complicam, pois enquanto algumas autoridades médicas garantem que
mais de 70% das mulheres são frias, outras dizem que não existem
mulheres frias; que o que acontece é que a mulher que se acredita
incapaz de ter prazer no ato sexual, ou está mal informada sobre o
que é o orgasmo (ver verbete) ou então está trepando com o cara
errado.
Enfim:
não existe mulher fria; o que existe é mulher malcomida. A maioria
dessas de um modo geral tem a tendência de votar com a direita. No
Brasil votavam com a UDN, depois com a Arena, PDS e mais recentemente
no PMDB, PFL, PL, UDR, etc. Precisamos recuperar essas senhoras!
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