BOCETA
– Substantivo feminino (ant.). Caixinha de forma oval ou
cilíndrica; caixa de rapé.
BUCETA,
Carlos (1909-1970) – Despachante aduaneiro uruguaio.
Segundo o grande escritor brasileiro Lúcio Cardoso, “se buceta
falasse, falaria argentino”. Presume-se que o autor de A Casa
Assassinada estivesse querendo dizer que se buceta falasse
falaria espanhol com sotaque argentino.
O
Sr. Carlos Buceta, despachante aduaneiro, falava espanhol com sotaque
uruguaio e era muito gozado pelas crianças brasileiras que passavam
pela alfândega uruguaia. A gurizada vivia berrando: “Sr. Buceta,
fala um troço aí pra gente ouvir”.
BUSCETA,
Tommaso (1924- ) – Mafioso siciliano, atualmente preso
nos Estados Unidos. Está entregando o ouro para o FBI. As cinco
famílias de New York e toda a máfia siciliana querem o seu couro.
Busceta, que conseguiu escapar das polícias americana e italiana,
acabou sendo preso pela “competente” polícia de São Paulo, pois
viveu no Brasil por muitos anos.
Ao
saber disso, seu pai teria lhe dito: “Tu, figlio mio, non sei um
Busceta, sei un babaca”.
Quem
não souber italiano que vá chupar um prego! Eu disse um prego!
Busceta pronuncia-se assim ó: Bucheta e não Busqueta,
como decidiu a pudica TV Globo.
BUNDA
– Já foi nobre guerreiro angolano. Vocês leram o livro de Alex
Halley, Raízes, ou viram a adaptação televisiva? Os
descendentes de Halley eram negros mandingas, bravos e orgulhosos,
que foram caçados em sua terra natal e vendidos como escravos na
América do Norte. Os negros vendidos no Brasil eram os bundas.
Como
os bundas foram vendidos e comprados por portugueses que estavam
ainda menos interessados na sua história, origem, identidade,
cultura, etc., e como os negros bundas tinham as nádegas muito
salientes, criou-se a identificação. Os negros bundas eram os que
tinham as nádegas salientes e as nádegas salientes passaram a se
chamar bundas.
Foram
os bundas trabalhadores, cordiais, musicais, fraternos, bem-humorados
que levantaram este país chamado Brasil para serem abandonados em
1888 quando a escravidão já não era mais um bom negócio.
Pensem
bem: um escravo hoje em dia custaria (casa, comida, roupa lavada) bem
mais que um salário-mínimo, não é mesmo? Enfim, os portugueses
botaram na bunda dos bundas e os brasileiros brancos e ricos
continuam fazendo o mesmo até hoje.
A
propósito: os bundas viviam em Angola, onde alguns poucos ainda hoje
falam o bundo.
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