BARRYMORE,
John (1882-1942) – Sou grande admirador deste cara.
Alguns dos nossos “astros” de TV que acham que naturalismo é
fazer uma carinha de bunda e dizer “oi, bicho” diante das
câmeras, deveriam ver alguns dos seus filmes.
Estou
dizendo besteiras, pois a nova geração televisiva é incapaz de
pensar uma frase com mais de três sílabas.
Preguiçoso
desde criança e porrista a partir dos quatorze anos, John – apesar
de ser filho e irmão de atores – partiu para o teatro só porque
lhe pareceu um meio mole de sobreviver e porque havia sido despedido
de um emprego como caricaturista do New York Times.
Deu
o azar de ser bonito, inteligente e talentoso. Isso ninguém perdoa.
O
pessoal sacaneava ele e ele sacaneava o pessoal.
De
Louella Parsons, a Ibrahim de saias de Hollywood (escreveu que
Cidadão Kane era um péssimo filme e que Ronald Reagan era um
grande ator), ele disse bem alto numa festa para ela ouvir: “Parece
uma teta de vaca velha”.
Embora
tenha sido o maior ator shakesperiano do seu tempo e tenha criado
para o cinema alguns personagens como Mr. Hyde (Robert Louis
Stevenson) e Capitão Ahab (Hermann Melville), o que Barrymore
gostava mesmo era de beber e de fuder, não necessariamente nesta
ordem.
Só
uma vez na vida tentou parar de beber.
Rico
e famoso, levou sua filha Diana para um cruzeiro em seu iate do qual
foi retirada toda a bebida alcoólica.
Ainda
assim ele deu um jeito de permanecer de porre durante toda a viagem:
bebeu o álcool do sistema de resfriamento das máquinas.
Para
um cara que comeu tantas mulheres, John perdeu a virgindade
relativamente tarde: aos quinze anos.
Em
compensação, começou comendo a própria madrasta – no caso, uma
boadrasta.
Logo
depois começou a comer uma vedete famosa, Evelyn Nesbit, que já
vinha sendo comida pelo célebre arquiteto Stanford White.
Os
pais da moça descobriram tudo e casaram ela às pressas com o
milionário psicopata Harry Thaw que, enciumado, matou White com um
tiro na cabeça.
A
história toda é mostrada no filme Ragtime, dirigido por
Milos Forman, no qual Norman Mailer faz o papel do arquiteto.
Barrymore
teve que se esconder durante alguns meses até que o caso fosse
esquecido.
O
homem era um fauno.
Depois
de casar duas vezes em New York e excursionar muito pela Europa, se
mandou para Hollywood, com um apetite insaciável.
De
cara, comeu Talullah Bankhead e, em seguida, Mary Astor, que tinha só
dezessete anos.
Mary
aparecia na sua suíte aos domingos acompanhada da mãe.
Barrymore
mandava a mãe tomar sol no terraço enquanto comia a filha no
quarto.
Aliás,
parece que o que mais dava em Hollywood nos anos 20 e 30 era mãe
cafetinando filha.
Essas
filhas, posteriormente, tinham filhos que eram não só filhos da
puta como netos da cafetina.
Largou
Mary Astor (conforme havia prometido a ela, deu uma declaração
pública dizendo textualmente “Eu sou um filho da puta”) por
Dolores Castello, que acabou por corneá-lo com seu ginecologista.
Aliás,
a turma da gineca (em grego, gineka quer dizer mulher) há
anos que, na moita, vem botando cornos na burguesia mundial.
Ou
vocês acham que alguém escolhe a profissão de examinar xota
gratuitamente?
Já
bebendo uma garrafa de gim antes do meio-dia, Barrymore, assaltado
pelas ex-mulheres, passou a dedicar-se às putas profissionais.
Durante
mais de um mês ficou trancado num bordel em Madras, na Índia,
segundo ele praticando com o mulherio todas as posições do
Kama-sutra.
Quando
casou pela última vez – para variar com uma carreirista – em
1936, já estava aos bagaços.
Ainda
assim a mulher obrigou-o a representar ao seu lado.
Barrymore
não só esquecia as falas que tinha que dizer como volta e meia
mijava e vomitava no palco.
Para
quem tratava o fígado tão mal, morreu tardíssimo, aos sessenta
anos, deixando uma dívida de 85 mil dólares.
Um
padre entrou no seu quarto acompanhado de uma enfermeira com cara de
cachorro, feia pacas.
Perguntou
a Barrymore se ele tinha algum pecado a confessar.
E
o sacana: “Confesso que tenho desejos carnais”.
E
o padre, espantadíssimo, pois o ator estava nas últimas: “Com
quem?”
E
ele, apontando para a enfermeira: “Com ela”.
Inteligente,
bonito, talentoso, comedor de grandes mulheres, é claro que no seu
enterro não apareceu ninguém, com exceção de uma puta velha que
ninguém sabe quem é e à qual presto aqui minha sincera homenagem.
BATHORY,
condessa Erzsebeth (1561-1630) – Mulherzinha ruim. Mas
ruim mesmo. Entretanto,
seus contemporâneos deixaram registrado que “tinha um olhar doce e
angelical, profundos olhos azuis que contrastavam com as generosas
formas do seu corpo que ao se mover deixava homens e mulheres
enlouquecidos”.
Pode
ser que algum dia tenha ido para a cama com algum homem.
Mas
não deve ter gostado, o que, aliás, foi uma sorte para os homens.
Ela
gostava mesmo era de garotas virgens entre dez e dezoito anos.
Gostava
de fazer tudo com elas: amá-las e, principalmente, matá-las e
bebê-las, literalmente.
Em
1611, aos cinquenta anos de idade, a condessa foi condenada a
permanecer para sempre – com apenas três servas para servi-la –
em seu castelo nos montes Cárpatos.
Motivo:
havia matado mais de seiscentas meninas.
Sociedadezinha
canalha a da Hungria do século XVII: o juiz que julgou a condessa
não estava irritado com ela por ter matado tantas meninas, mas
porque algumas delas eram nobres.
A
bem da verdade, Erzsebeth imprimia um espírito de missão à sua
tara.
Por
exemplo: adorava botar uma virgem aterrorizada completamente nua numa
gaiola com afiadas pontas de metal em todos os lados, de modo que a
vítima, ao fazer o menor movimento, se cortava toda.
Depois
mandava suspender a gaiola e sentava-se embaixo, ocasião em que se
masturbava tomando um banho de sangue.
Outra
brincadeirinha: mandou fabricar um robô de cujo corpo se desprendiam
estiletes que penetravam no corpo das jovens virgens.
O
sangue escoava por um cano que ia dar numa panela sobre o fogão,
onde era esquentado para o banho da condessa.
E
esta cadela – como era rica e poderosa – ainda viveu dezenove
anos em seu castelo brincando de mamãe-mamãe com três criadas.
Hoje
em dia, na Hungria, os ricos já vão para a cadeia.
No
Brasil não vão porque, provavelmente, temos os ricos mais honestos
do mundo, não é mesmo?
Quem
foi que disse que para se enriquecer no Brasil não é necessário
ser inteligente, basta ser simpático e não ter caráter?
BESTIALISMO
— Os mais crescidinhos sabem que se trata de atividade sexual entre
homens e animais. Um
tabu, desde a civilização mesopotâmica, é considerado ilegal em
todo o mundo. Quem
nasceu, ou ainda mora, na zona rural nunca ligou muito para essa
ilegalidade. (“Pois é, seu Tião, estamos aqui comendo a sua
vaquinha.”)
Originalmente
o ato de comer animais metaforicamente era proibido pelo temor de
que, da união pouco convencional, nascesse um produto híbrido do
que se convencionou chamar de um coito impuro.
Quem
duvidar, vá pegando a sua vaquinha e veja se depois de alguns meses
aparece um minotauro, ou melhor, um bagétauro.
De
acordo com as leis inglesas, o bestialismo é uma subdivisão do
coito anal, pois fala em “relações anormais com homens e
animais”.
Outros
países, porém, fazem uma distinção mais precisa entre a chamada
intermação marmotal e o bestialismo.
Baseiam-se
em antigas leis judaicas (Levítico 20: 15-16) que dividem o
bestialismo do incesto e do homossexualismo.
O
bestialismo sempre foi ilegal, mas nunca deixou de ser popular.
Na
maioria dos casos, homens e mulheres comem (ou são comidas) por
animais domésticos, estilo gato, cavalo, boi, cabrito, galinha, etc.
Na
Roma antiga (e ainda hoje em Hamburgo) mulheres costumavam introduzir
na vagina cobras vivas, cabeça primeiro.
Outras
punham rabos de peixes vivos e havia ainda as que passavam mel na
vulva para atrair moscas que, enquanto comiam o mel, as levavam ao
orgasmo.
Na
China, o bicho preferido pelos taradões sempre foi o ganso.
Comiam
o rabo do ganso e na hora da ejaculação cortavam a cabeça dele
que, ato contínuo, contraía o esfíncter, o que prolongava o gozo.
Os
árabes, ainda hoje, não consideram perfeita uma viagem a Meca se,
no caminho, não executarem o camelo.
Em
algumas vilas na Índia é de bom-tom comer Deus, no caso, um
babuíno, ou melhor, os homens comem a deusa babuína e as mulheres
dão para o deus babuíno.
Na
Roma de Tibério valia tudo: o próprio Estado organizava orgias com
mulheres, touros, cavalos, ursos, girafas, porcos, etc.
Os
esquimós contam um caso de bestialidade (e levando -se em conta o
comportamento dos políticos brasileiros, não há por que duvidar):
milhares de anos atrás uma mulher se recusava a ter relações
sexuais com os homens.
Foi
então expulsa para uma ilha, onde trepou com cachorros.
Desta
união nasceram os homens brancos que, antes, não existiam.
Bestialista,
ainda, de mão cheia foi Zeus ou Júpiter, que comeu Leda na forma de
um cisne, comeu Perséfone na forma de uma serpente, transformou
Europa numa vaca para depois comê-la onde hoje é o Bósforo
(passagem do boi) e assim por diante.
Só
não ganhou de Adão.
É
isso mesmo: o bestialismo é o desvio sexual mais antigo da
humanidade.
Adão
comeu todos os animais do Paraíso até que Deus se mancou e resolveu
criar a mulher.
Confesso
que nas minhas andanças pelo mundo nunca vi nada em matéria de
lagostas.
Sempre
que eu solicitava às madames dos quatro continentes qualquer coisa
do gênero, olhavam-me como se eu fosse um tarado e voltavam para
suas cabritas, cachorros e vaquinhas.
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